Ao som da banda municipal e o anúncio dos fogos de artificio, dom Gilberto Pastana foi acolhido na manhã de hoje, 31 de agosto, no munícipio de Várzea Alegra onde presidiu a celebração de encerramento da festa do padroeiro, São Raimundo Nonato. A solenidade, que foi concelebrada por padres da diocese de Crato e de outras dioceses, contou com a presença de centenas de fiéis.

Fiéis que com grande piedade foram até Várzea “pagar suas promessas”, por graças alcançadas pela intercessão do padroeiro, como dona Cícera Maria, 53 anos, de Cedro, que há nove anos reúne toda sua família para agradecer por tantos milagres realizados. O último, segundo ela, foi a cura de uma infecção no ouvido. “Graças a Deus, em nome de Jesus e de São Raimundo Nonato eu estou bem”, enfatizou.

Um espaço ao final da celebração é reservado, tradicionalmente, para a entrada solene da imagem histórica do padroeiro, feita em madeira, carregada por fiéis como a dona Cícera, que se vestem com roupa na cor brando com vermelho, remetendo a de São Raimundo.

Em Várzea Alegre esta festa acontece há 161 anos, das quais 48 delas tem a frente o padre José Mota Mendes, que considera este momento uma renovação espiritual para toda a paróquia. “Cada ano a nossa festa cresce, em número de participantes e no amor a São Raimundo Nonato. Vamos plantando a semente, mas a graça de Deus é quem vai regando, cuidando, fazendo crescer e produzir os frutos. Tivemos uma festa calma, tranquila”, disse o padre que afirmando estar satisfeito devido a festividade ter acontecido em paz.

Neste dia festivo aconteceram quatro celebrações, sendo a última realizada a tarde, seguida de procissão e bênção do Santíssimo Sacramento.

Fixar o olhar na misericórdia

Fixar o olhar na misericórdia de Deus para testemunhar a vida do padroeiro, este foi o ensinamento que norteou a palavra de dom Gilberto aos fiéis que participavam da celebração na Matriz de São Raimundo Nonato e aos que acompanhavam pela internet. “O festejo é tempo para isso, para acertarmos o nosso coração, o nosso olhar, a nossa vida. É tempo de crescer na fé, no testemunho, na alegria de sermos filhos de Deus tendo a consciência de sermos sal e luz. Não adianta queremos saber quem tem razão, adianta querer saber onde queremos chegar. Se nós queremos ser sal e luz, então deixemos as divisões, as separações, os desentendimentos para trás e celebremos o presente, celebremos aquilo que o Senhor nos propõe agora, neste festejo para que caminhemos como irmãos. Nos ajudemos uns aos outros para que a gente não perca o tempero. Esse sal quando está junto, tempera mais. Essa luz quando está junta, ilumina mais. A misericórdia do Pai nos permite recomeçarmos a partir d’Ele e com Ele”, falou