História

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A Diocese de Crato foi criada em 20 de outubro de 1914, pelo Papa Bento XV, através da bula papal Catholicae Ecclesiae, sendo desmembrada do território da Diocese do Ceará (hoje Arquidiocese de Fortaleza). Sua sede é a Catedral de Nossa Senhora da Penha no município do Crato.

Ela situa-se no extremo sul do Estado do Ceará, limitando-se com as dioceses de Iguatu (Ceará), Cajazeiras (Paraíba), Afogados da Ingazeira e Petrolina (Pernambuco), Picos (Piauí). A sede da Diocese e algumas cidades situam-se no Vale do Cariri e Chapada do Araripe (área marcada pelo verde da vegetação, solo esponjoso calcáreo, camadas superiores do sub-solo de arenito, considerável número de fontes) e sertão que a circunda.

Sua abrangência territorial compreende os municípios de: Abaiara, Altaneira, Antonina do Norte, Araripe, Assaré, Aurora, Baixio, Barbalha, Barro, Brejo Santo, Campos Sales, Caririaçu, Crato, Farias Brito, Granjeiro, Ipaumirim, Jadim, Jati, Juazeiro do Norte, Lavras da Mangabeira, Mauriti, Milagres, Missão Velha, Nova Olinda, Porteiras, Potengi, Penaforte, Salitre, Santana do Cariri, Tarrafas, Umari e Várzea Alegre.

Hoje possuímos 55 paróquias que estão organizadas em cinco Regiões Forâneas (I, II, III, IV e V) compreendendo uma superfície total de 17.648,4 km2, com uma população de 1.015.082 habitantes e densidade populacional 52,32 hab/ km2.

A Padroeira Nossa Senhora da Penha

Por volta de 1741, surgem os primeiros registros de um aldeamento dos índios Cariús, pertencentes ao grupo silvícola Cariri. Era a Missão do Miranda, fundada por Frei Carlos Maria de Ferrara, religioso franciscano, nascido na Itália. Este missionário ergueu e dedicou um humilde templo – feito de taipa e coberto de palha – primeiramente a Nossa Senhora da Penha e, em segundo plano, a São Fidelis de Sigmaringa.

Em janeiro de 1745, conforme pesquisa do historiador Antônio Bezerra, foi colocada – numa das paredes da capelinha de Nossa Senhora da Penha – uma pedra com uma inscrição. Tratava-se do registro da consagração e dedicação do pequeno e humilde templo, embrião da atual catedral de Crato. A inscrição foi feita por frei Carlos Maria de Ferrara, e nela constava que a capelinha fora consagrada a Deus Uno e Trino e, de modo especial, a Nossa Senhora da Penha e a São Fidelis de Sigmaringa, este último oficializado co-padroeiro de Crato, em 2014. Abaixo, o texto constante da inscrição rupestre, infelizmente desaparecida:

Uni Deo et Trino
Deiparae Virgini
Vulgo – a Penha
S Fideli mission.º S.P.N. Fran, ci Capuccinor.m
Protomartyri de Propaganda Fide
Sacellum hoc
Zelo, humilitate labore
D. D.
Sup. Ejusdem Sancti.i Consocy F.F.
Kalendis January
Anno Salutis MDCCXLV.

Com a criação da Diocese de Crato, em 1914, seu primeiro bispo – Dom Quintino Rodrigues de Oliveira e Silva – oficializou Nossa Senhora da Penha de França, então padroeira da cidade-sede da nova Igreja-Particular, como Rainha e Patrona da nova Diocese de Crato, a segunda a ser criada no Estado do Ceará.

OS BISPOS

O primeiro bispo de Crato fo Dom Quintino Rodrigues de Oliveira e Silva, nascido em Quixeramobim, no Estado do Ceará, em 31 de outubro de 1863. Ele foi preconizado bispo em 10 de março de 1915 e recebeu a sagração episcopal em Salvador, Bahia, em 31 de outubro daquele ano. Em 1º de janeiro de 1916, na Catedral de Nossa Senhora da Penha, tomou posse do novo e honroso encargo.

Como primeiro bispo do Crato, além de priorizar as atividades espirituais, Dom Quintino foi o homem das grandes realizações que modificaram o cenário social e econômico do Cariri. Organizou, em primeiro lugar, a Cúria Diocesana, deixando-a apta a um bom funcionamento. Já no dia 1º de abril de 1916, reabriu o antigo Ginásio São José, agora com o nome de Ginásio Diocesano, destinado à educação da juventude masculina. Criou, em 1921, a primeira instituição de crédito do Sul do Ceará, o Banco do Cariri, que prestou grandes benefícios ao comércio e à lavoura da região, da qual ele foi o primeiro presidente.

Fundou, em 1922, o Seminário Episcopal do Crato destinado à formação do clero. Criando o Seminário de Crato, Dom Quintino tornou-se o pioneiro do ensino superior, no interior do Ceará, porquanto, no recuado ano de 1922, o educandário da diocese cratense iniciou suas atividades com o Seminário Menor e o Seminário Maior, ou seja, com o curso preparatório e o Curso Teológico. Este último subdividido em Curso de Filosofia, feito em dois anos e Curso de Teologia, em quatro anos, findos os quais o futuro presbítero recebia a licenciatura plena. Dom Quintino plantou, assim, a semente que viria a germinar, cinco décadas depois, a Faculdade de Filosofia do Crato que foi, por sua vez, o embrião da atual Universidade Regional do Cariri – URCA.

Fundou ainda, Dom Quintino, o jornal “A Região” que circulava em toda a diocese, bem como o “Boletim Eclesiástico” destinado à orientação do clero. A nova diocese de Crato teve início com vinte e uma paróquias. Dom Quintino criou mais cinco paróquias e ordenou treze sacerdotes. Criou, simultaneamente, em 1923: o Colégio Santa Teresa de Jesus, destinado à educação da juventude feminina, e a Congregação das Filhas de Santa Teresa de Jesus, que viria a se espalhar por diversos Estados nordestinos, chegando a possuir casas no Estado de São Paulo.

Após quatorze anos de profícuo episcopado, Dom Quintino faleceu no dia 28 de dezembro de 1929, e foi sepultado no cemitério público local. Seus ossos, posteriormente, foram transladados para a Catedral de Nossa Senhora da Penha. Lá, na Capela da Ressurreição, seus venerandos restos mortais dormem o sono da paz, à espera da ressurreição final.

Após o falecimento de Dom Quintino, a diocese esperou dois anos e dez dias pela posse do seu segundo bispo, Dom Francisco de Assis Pires. Este nasceu em Salvador, capital da Bahia, no dia 04 de outubro de 1880 e foi ordenado sacerdote em 14 de abril de 1903. Assumiu o bispado de Crato no dia 10 de janeiro de 1932, ano de terrível seca que assolou todo o Nordeste.

Durante o seu longo episcopado de quase vinte e sete anos, Dom Francisco ordenou quarenta e sete sacerdotes e criou nove paróquias elevando para 35 o número de paróquias da diocese. Criou e construiu o Hospital São Francisco de Assis, o pioneiro no sul do Ceará. Modernizou a tipografia adquirida por Dom Quintino e fundou um novo jornal diocesano “A Ação”. Valorizou o movimento de leigos criando e apoiando a Ação Católica Diocesana.

Oriundo de família abastada da Bahia, Dom Francisco ficou conhecido pelo seu desprendimento para com os bens materiais e pela caridade que praticava junto aos mais pobres. A vultosa herança que recebeu do espólio do seu pai empregou-a na construção do Palácio Episcopal. Adquiriu o imóvel e direitos do Ginásio de Crato, transformando-o numa instituição de ensino diocesana.

Construiu o Patronato Padre Ibiapina, instituição destinada ao ensino e formação de moças pobres. Fundou e construiu o Liceu Diocesano de Artes e Ofícios destinado ao ensino de garotos e jovens pobres da periferia de Crato. Encetou campanha para a conclusão da igreja de São Vicente Ferrer (hoje Santuário Eucarístico Diocesano) e para construção da igrejinha de São Francisco de Assis, no bairro Pinto Madeira, ambas em Crato. Foi dele, também, a iniciativa de construção do majestoso santuário de São Francisco das Chagas, em Juazeiro do Norte.

Devido aos problemas de saúde que a velhice lhe trouxera, Dom Francisco solicitou à Santa Sé um bispo-auxiliar para coadjuvá-lo. Foi atendido no dia 26 de abril de 1955, com a nomeação, pelo Papa Pio XII, do virtuoso padre Vicente de Paulo Araújo Matos – do clero da Arquidiocese de Fortaleza – que recebeu o título de bispo titular de Antiophia em Meandro e Auxiliar de Crato.
Dom Francisco, vencido pelo peso dos anos, renunciou às funções episcopais em 24 de outubro de 1959, sendo agraciado pela Santa Sé – em reconhecimento ao seu grande trabalho – com o título de Arcebispo Titular de Antioquia da Pisídia. Faleceu no dia 11 de fevereiro de 1960 e encontra-se sepultado na Capela da Ressureição da Catedral de Crato.

Dom Vicente de Paulo Araújo Matos nasceu na cidade de Itapagé, Ceará, no dia 11 de junho de 1918. Sua ordenação sacerdotal ocorreu em 29 de novembro de 1942. A nomeação episcopal, em 1955, veio encontrá-lo como diretor do Colégio Arquidiocesano de Fortaleza, conhecido como Colégio Castelo. Residindo na Diocese de Crato desde 15 de agosto de 1955, quando aqui chegou como bispo-auxiliar de Dom Francisco, Dom Vicente foi escolhido terceiro Bispo Diocesano de Crato em 28 de janeiro de 1961, pelo Papa João XXIII. Tomou posse na função no dia 19 de março do mesmo ano.

Homem dinâmico e empreendedor foi um pastor prudente, zeloso e deixou vasta folha de serviço prestada à Diocese de Crato. Criou dezoito paróquias e ordenou trinta e sete sacerdotes. Deve-se a ele a fundação do Instituto de Ensino Superior do Cariri, mantenedor da Faculdade de Filosofia de Crato embrião da Universidade Regional do Cariri.

Foram iniciativas de Dom Vicente a construção do imponente Centro de Expansão Educacional (localizado no bairro Grangeiro) que hoje leva seu nome; a Rádio Educadora do Cariri; a Empresa Gráfica Ltda., que editava o jornal “A Ação”; a criação da Fundação Padre Ibiapina, instituição de amplo alcance social que desenvolve trabalho de Evangelização, Cursos de Treinamento e as Pastorais da Criança, da Educação e da Saúde, além da atual Faculdade Católica do Cariri. A Dom Vicente se deve ainda a criação dos primeiros Sindicatos dos Trabalhadores Rurais no sul do Ceará; a criação e construção do Ginásio Madre Ana Couto e Colégio Pequeno Príncipe; a Escola de Líderes Rurais; Organização Diocesana de Escolas Profissionais, dentre outras iniciativas.

Dom Vicente foi bispo-auxiliar durante cinco anos; após a renúncia de Dom Francisco foi administrador diocesano um ano e cinco meses e bispo diocesano de Crato durante vinte e um anos, perfazendo quase trinta e sete anos de bons serviços prestados à diocese de Crato. Renunciou ao bispado, por motivo de saúde, em 01 de junho de 1992 e faleceu no dia 06 de dezembro de 1998. É considerado o maior benfeitor da cidade de Crato. Foi sepultado na Capela da Ressurreição da Catedral de Crato.

Nascido na cidade de Acopiara, Ceará, em 01 de novembro de 1923, Dom Newton Holanda Gurgel recebeu a ordenação sacerdotal em 17 de dezembro de 1949. Foi reitor do Seminário São José de Crato e a nomeação como bispo-auxiliar de Crato veio encontrá-lo como pároco na cidade de Campos Sales. Recebeu a ordenação episcopal na cidade de Roma, em 27 de maio de 1979, das mãos do Papa João Paulo II, hoje Santo da Igreja Católica.

Dom Newton foi bispo-auxiliar até 17 de novembro de 1993, data da sua nomeação como quarto bispo diocesano de Crato. Antes, devido à renúncia de Dom Vicente, foi administrador diocesano de 01 de junho de 1992 até 16 de novembro de 1993.

Homem simples, dotado de inteligência prática, deve-se a Dom Newton a reabertura, em 1994, do Seminário São José de Crato. A partir daí, a diocese que sofria a carência de vocações religiosas passou a ser um celeiro de sacerdotes, a ponto de hoje a Diocese de Crato ter enviado um sacerdote como missionário na Amazônia.

Nos dias atuais o Seminário São José de Crato forma sacerdotes para cinco dioceses: Crato e Iguatu, no Ceará, Cajazeiras (Paraíba), Salgueiro e Petrolina, ambas localizadas em Pernambuco.

Dom Newton ordenou vinte e oito sacerdotes e criou, durante o seu episcopado de oito anos e meio, quatro paróquias. Em 02 de maio de 2001 teve aceitado seu pedido de renúncia em conformidade com o cânon 401§ 1 do Código de Direito Canônico (motivo de idade). Permaneceu como administrador diocesano até 29 de junho de 2001. A partir daí, na condição de bispo-emérito, Dom Newton se recolheu a sua residência particular no bairro São Miguel em Crato, onde atendia pessoas para confissões e orientações, com espírito acolhedor e sempre bem humorado. Dotado de lucidez e vitalidade impressionantes foi um homem piedoso que prosseguiu na sua missão evangelizadora iniciada no já distante ano de 1949.

Dom Newton faleceu no dia 6 de abril de 2017, aos 93 anos, vítima de insuficiência respiratória e falência múltipla dos órgãos. Seus restos mortais foram colocados na Capela da Ressurreição, dentro da Catedral Nossa Senhora da Penha, ao lado dos três primeiros bispos da diocese de Crato e do monsenhor Vitaliano Matioli.

Missionário do Sagrado Coração de Jesus (MSC), Dom Fernando Panico – naturalizado brasileiro – nasceu em 01 de janeiro de 1946, em Tricase, no sul da Itália. Fez seus estudos em Roma, onde foi ordenado sacerdote no dia 31 de outubro de 1971. Em 13 de dezembro de 1974 chegou ao Brasil, como missionário no Estado do Maranhão. Lá permaneceu até 02 de junho de 1993, quando foi nomeado, pelo Papa João Paulo II, Bispo de Oeiras-Floriano, no Piauí, aonde recebeu a ordenação episcopal em 14 de agosto daquele ano.

No dia 02 de maio de 2001, foi transferido para a Diocese de Crato como seu quinto bispo, tendo assumido sua missão pastoral em 29 de junho de 2001 e concluído em 28 de dezembro de 2016, aos 70 anos, tendo renunciado por motivo de saúde. Dom Fernando Panico confirmou o seu projeto pastoral de caracterizar esta Diocese como “Romeira e Missionária”. Criou treze paróquias e ordenou quarenta e nove sacerdotes.  Criou o Curso Superior de Teologia no Seminário São José e trouxe para dirigir este educandário a Companhia dos Padres de São Sulpício (Sulpicianos) que administram, por cerca de 10 anos, o Seminário de Crato. Entregou à Ordem dos Camilianos a administração do Hospital São Francisco de Assis de Crato, que vem experimentando sucessivas melhorias no seu funcionamento. Construiu a Cúria Diocesana e a nova residência Episcopal, no bairro Granjeiro.

Criou três Santuários Diocesanos: o da Igreja-Matriz de Nossa Senhora das Dores de Juazeiro do Norte, Santuário Eucarístico que funciona na igreja de São Vicente Férrer, em Crato, e o Santuário da Divina Misericórdia, na Igreja-Matriz de Santo Antônio, na cidade de Barro. Conseguiu, junto ao Vaticano, a elevação da Igreja-Matriz de Nossa Senhora das Dores de Juazeiro do Norte à condição de Basílica Menor.

Foi o responsável pelo início dos estudos sobre o Processo de Reabilitação do Padre Cícero Romão Batista, ora em análise na Santa Sé. Deve-se a Dom Fernando Panico a iniciativa da abertura do Processo Diocesano pela Beatificação da Serva de Deus Benigna Cardoso da Silva. Iniciou a implantação de uma Fazenda da Esperança, destinada à recuperação de dependentes químicos, no município de Mauriti. Foi o responsável pela vinda da Comunidade Boa Nova, que trabalha na recuperação de dependentes do álcool e de drogas, com uma unidade em funcionamento num sítio, localizado na estrada Crato- Santa Fé.  Trouxe para a Diocese as seguintes instituições religiosas: Ordem Camiliana, Companhia dos Padres de São Sulpício (Sulpicianos), Freiras Contemplativas da Ordem Fraternidade Missionária (todas as citadas para a cidade de Crato); Monjas Contemplativas da Ordem de São Bento (Beneditinas) que construíram o Mosteiro de Nossa Senhora da Vitória e as Irmãs Salesianas, que atuam na Colina do Horto (ambas para Juazeiro do Norte); Filhas de Nossa Senhora do Sagrado Coração (para Antonina do Norte); Irmãs Filhas da Imaculada Conceição de Buenos Aires (para Lavras da Mangabeira) e Filhas de Santa Maria da Providência (Irmãs Guanelianas, Missão Velha). Deve-se a Dom Fernando a realização do 13º Encontro Nacional das Comunidades Eclesiais de Base-CEBS, evento levado a efeito na cidade de Juazeiro do Norte entre os dias 07 e 11 de janeiro de 2014, o maior evento católico já realizado em terras do Cariri cearense.

Sexto bispo da Diocese de Crato, nomeado em 28 de dezembro de 2016, na sucessão de dom Fernando Panico, dom Gilberto Pastana de Oliveira nasceu em Boim (PA), em 29 de julho de 1956. Foi ordenado sacerdote em 27 de julho de 1985, e bispo em 28 de outubro de 2005, tendo por Lema Episcopal: “Venha o teu reino (Mt 6, 10a)”. Assumiu, em seguida, a Diocese de Imperatriz (MA). Dez anos depois, em 18 de maio de 2016, foi nomeado bispo coadjutor para a Diocese de Crato (CE). A apresentação ao povo ocorreu em dia 17 de julho do mesmo ano.

No pronunciamento como bispo da diocese de Crato, realizado dia 01/ 01/2017, recordou à história do Cariri, suas riquezas naturais, as primeiras missões realizadas pelos franciscanos capuchinhos, a devoção à Mãe da Penha, sob a invocação de “Mãe do Belo Amor”, as “pessoas boas e santas” que figuram no padre Ibiapina, padre Cícero e na menina Benigna Cardoso, reafirmando o desejo de continuar a edificação da diocese romeira e missionária, e convidou os fiéis a “juntar forças e unir orações”. “Vamos fortificar e criar comunidades cristãs, viver e expressar a fé, comunhão e participação em pequenas comunidades”.

Muitas vezes, comparado ao papa Francisco pela simplicidade com que a todos se dirige, exortando-os que a evangelização só será completa se nela estiverem inseridos os pobres e os sofredores, deseja fazer da Igreja de Crato ainda mais discípula, missionária, profética, romeira e misericordiosa. “Amemos esta Igreja, sejamos esta Igreja, fiquemos nesta Igreja”.