Uma linda Igreja de esperança

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Parte da homilia de Dom José Vieira, bispo emérito da Diocese de Cáceres, Mato Grosso, aos padres em retiro, proferida na noite desta quinta-feira, dia 06:

Viver uma diocese de esperança. Vamos trabalhar na força da esperança. Bispo que chega, bispo novo, vamos caminhar na esperança, Igreja da esperança, padre da esperança. A esperança é aquela força que faz com que vençamos tudo e que amanhã sejamos melhores do que hoje.

A eleição do Papa Francisco é um “gesto-resposta” de Deus à situação de prostração, de desamparo da Igreja neste momento histórico e de esperança. Digam o que quiserem dizer. Papa Francisco é a luz da nossa esperança. Primeiro pelo resultado inesperado do Conclave. A seguir, pelo modo simples, frágil, desde a sua manifestação: “Reze pelo papa”. E cada vez que ele tem oportunidade é o mesmo pedido.

Ainda estamos saturados pela avalanche de notícias e informações que os meios de comunicação não cessam de despejar sobre nós. A cada dia aparecem traços novos, surpreendentes do nosso papa. São gestos simples, surpreendentes, capaz de comover as pessoas comuns, homens, mulheres, crianças e jovens, isto é, seres humanos, católicos ou não. Qual é a razão de sua força?

Até agora é nos permitido condensar a novidade do Papa Francisco nesses aspectos simples, humanos, naturalidade da sua espiritualidade e uma aproximação da Igreja com o mundo. Simples, humilde, humano, acolhedor. Vamos fazer de nossa diocese, uma diocese simples, humana, acolhedora, meiga, esperançosa.

Dom Gilberto ao lado de dom José. (Foto: Patrícia Silva)

Com seu estilo simples e humano [Francisco] chamou a atenção, desde o início, e cativou os mais diversos grupos, desde cristãos até ateus, sem religiões, assim como teólogos, críticos, mas sempre voltado para a humanidade de homens e mulheres. Nós tivemos a oportunidade de ver, quando ele passou por nossa terra, que o caminho é esse.

Nós estamos numa Igreja humana, uma Igreja perto das pessoas; uma Igreja misericordiosa, uma Igreja de perdão, de esperança, uma Igreja com perspectiva e horizontes luminosos. Vamos ver – e estamos vendo – coisas maravilhosas acontecer em nossa Igreja. E o papa nos dá esse exemplo.

Por isso, começando uma etapa nova nessa diocese, ela é cheia de esperança. E, como a esperança se torna presente, se atualiza pelos nossos gestos, nós somos responsáveis pela esperança da nossa diocese. Nosso pensamento, nossa fraternidade, deve gerar em nossa diocese novos céus e novas terras, cheias de esperança e de luz. Nós temos condição de fazer que o novo aconteça. Nada de lamentações, nada de incertezas. Esperança firme! Fé. Acreditar. Contra toda a desesperança, colocar a esperança, a força da esperança. E não pode ficar só no desejo. Tem que ficar nas ações coletivas e individuais. Igreja particular de esperança. Se nós somos cheios de esperança, o povo de Deus também ficará cheio de esperança. O papa está fazendo e nós também vamos fazer. E temos possibilidade.

 

 

 

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