Vislumbrando já o Tríduo Pascal, os três dias que antecedem a Páscoa do Senhor, a partir de Cristo e em vista d’Ele, o bispo Dom Gilberto Pastana, junto aos padres das mais variadas regiões da diocese, presidiu, na manhã desta quinta-feira (13) a Missa Crismal, dos Santos Óleos e da Unidade, assim chamada em razão da bênção dos óleos dos catecúmenos [aqueles que estão iniciando no batismo] e dos enfermos, e na qual também se consagra o Santo Crisma.
Neste dia também se recorda o momento em que Cristo comunica aos seus apóstolos o seu sacerdócio. Por este motivo, o bispo apresentou a homilia, trazendo à memória todos aqueles que necessitam de cuidado pastoral, exortando os padres a pensar “os métodos evangelizadores, renovando o espírito e indo aos encontro dos necessitados”. Também leu a recente nota da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) sobre a Reforma da Previdência, indagando, ao final: “Que Brasil nós queremos?”.

A solene celebração também renovou as promessas sacerdotais feitas por cada padre no dia de sua ordenação. De acordo com o padre Edson Bantim, representante do Clero e vigário paroquial de Mauriti, este foi um modo de a Igreja diocesana manifestar, publicamente, a comunhão entre todos aqueles que exercem, na diocese, o cuidado com o povo de Deus. Daí o nome “Missa da Unidade”.
Sacerdote para sempre
Há dez anos sacerdote, padre Edson considera que o mais precioso neste ministério está, justamente, na manifestação da graça e da bênção do Senhor na pessoa do sacerdote. “É uma grandeza, é um mistério inexprimível o fato de o Senhor se utilizar de objetos tão frágeis para manifestar tão grande dom”.

Eleito bispo de Tianguá, monsenhor Edimilson Neves, celebrando a sua última Missa da Unidade enquanto padre, revelou que esta é uma cerimônia que fala profundamente ao seu coração, uma vez que nela se recorda tanto a instituição da Eucaristia, quanto a instituição do sacerdócio. De todos os dias da Semana Santa, disse ele, a quinta-feira é o dia mais emocionante, pois nela se contempla a pessoa do sacerdote e também do sacramento do Amor. “‘In persona Christi’, isto é, na pessoa de Cristo, é que nós celebramos o Mistério da Fé”, afirmou.
Para o padre Ronaldo Oliveira, pároco de Assaré, que contabiliza 12 anos de ministério, ser sacerdote é experimentar “uma graça muito grande de Deus, mesmo sem qualquer merecimento”. “Jesus se utiliza da nossa humanidade para se fazer presente na hóstia consagrada, este é o mistério maior. Além de que, o sacerdote é aquele que administra os sacramentos, administra a graça de Deus, quando a gente dá a absolvição dos pecados, a unção dos enfermos, quando a gente tona um ser cristão pelo batismo”, disse.

Padre Antônio Romão [Toninho], vigário paroquial da Basílica Santuário, de Juazeiro do Norte, há um ano e meio ordenado, revela que é a graça de estar com as pessoas, celebrando com elas o sacramento, sobretudo a Eucaristia, sendo ministro de Deus, que o torna feliz.
Ao final da celebração, cada padre foi presenteado com o livro “Grandes Metas do Papa Francisco”, de autoria do cardeal dom frei dom Claudio Hummes [que à época do conclave sugeriu ao papa o nome “Francisco”] e editado pela Paulus.





