A paixão por iconografias religiosas e o desejo de preservar a história de sua diocese, levaram os seminaristas José Luiz Silva e José Cleuton Alves a iniciarem um projeto de restauração dos brasões dos quatro primeiros bispos de Crato.
Os jovens que trilham o caminho do sacerdócio já desenvolviam um projeto pessoal de confecções de brasões. “Desde o ano passado estamos com esse projeto pessoal de fazer brasões, especialmente religiosos, acolhendo pedidos de diversas localidades e atendendo-os conforme a possibilidade sem interferir em nosso processo formativo no Seminário”, explicou Cleuton. O trabalho é divulgado a partir do distintivo “Pulchrum Heráldica”, tendo ainda um perfil no Instagram com o mesmo nome (@pve.heraldiva).
Com alguns trabalhos já desenvolvidos, surge então a inspiração de revitalizar os brasões dos bispos diocesanos já falecidos: Dom Quintino, Dom Francisco, Dom Vicente e Dom Newton, homens santos que contribuíram para a edificação da Igreja Diocesana de Crato.
“Tínhamos seus distintivos pessoais/eclesiásticos chegado até nossos dias apenas de maneira rudimentar, sem a devida finalização e realce que os meios de tecnologia hoje permitem. Por guardar um especial carinhos por eles, brotou a inspiração de revitalizá-los”, disse José Luiz. O seminarista também explicou o passo a passo deste processo. “Começamos a árdua tarefa de pesquisar as melhores fontes digitais existentes para poder fazer a atualização, respeitando a simbologia que os mesmos escolheram e seus traços principais, porém, adequando-os conforme vimos possibilidade, aplicando toda técnica que habitualmente usamos na arte brasonar”, contou.
Ao concluírem o trabalho, o sentimento, segundo os jovens seminaristas, é de dever cumprido, fazendo homenagem aos luzeiros do Cariri cearense e contribuindo para a manutenção e preservação da diocese centenária de Crato.
Sobre os autores:
José Luiz Silva Santos é natural da Paróquia São José em Missão Velha, já José Cleuton Alves de Oliveira Sobrinho é da Paróquia São Francisco em Crato. Ambos estão no 2º ano do curso de Teologia, e atualmente residem no Seminário Rainha do Sertão, em Quixadá (CE).
Para saber mais:
Toda pessoa pode ter um brasão pessoal que lhe identifique, seja assumindo armas novas, seja recebendo por hereditariedade; assim como instituições das mais diversas podem ter suas armas. Aos bispos, porém, essa faculdade se torna obrigatória, pois suas armas vão presentes em toda documentação oficial para dar valida aos seus escritos.
Por Assessoria de Comunicação / Fotos: Reprodução








