Seminário São José faz memória do cinquentenário da morte de Monsenhor Pedro Rocha

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Ao fim da tarde desta terça-feira, dia 26 de setembro, o Seminário São José, em Crato, fez memória da morte de seu 11º reitor, Monsenhor Pedro Rocha de Oliveira, ocorrida há cinquenta anos, em 26 de janeiro de 1971. Por ocasião desta data, o bispo diocesano, dom Gilberto Pastana, presidiu a santa missa durante a qual elevou a Deus preces de agradecimento pelo apostolado do monsenhor à frente do Casarão de São José entre os anos de 1944 e 1959. A Eucaristia foi concelebrada pelo atual reitor, Padre Acúrcio Barros, e por Padre Antônio Romão, da equipe formativa; pelo reitor do Seminário Propedêutico, Padre Cícero Luciano Lima, pelo vigário geral da diocese, Padre José Vicente Pinto; pelo capelão do Hospital São Francisco e pároco da Paróquia de São Miguel, em Crato, Padre José Josias, e pelos monsenhores João Bosco Cartaxo Esmeraldo e José Honor de Brito.

Aos 57 anos, Monsenhor Pedro Rocha de Oliveira concluía mais um “Consultório da Família”, programa veiculado na Rádio Educadora, em Crato, dizendo: “A vida, por ser um dom de Deus, é um mistério insondável. Não se sabe nem o dia nem a hora em que se finda a nossa existência. Nascemos e vivemos numa inteira dependência do Criador. É certo que teremos fim. É incerto quando chega esse fim”. Pouco depois de entrar em seu apartamento, nas instalações do Hospital São Francisco, do qual era diretor há quase 24 anos, foi vitimado por um infarto fulminante.

Era homem de muitas atividades, segundo Monsenhor Bosco que estava prestes a completar dez anos de idade quando chegou ao Seminário àquela época. “Monsenhor Rocha, de quem eu fui aluno por oito anos, tinha preocupação, por exemplo, com os moradores do bairro. Ampliou o Seminário, ainda ajudei a carregar muitos tijolos (risos), construiu o Liceu Diocesano, era de uma atividade muito grande. Pena que morreu tão cedo”, lamentou.

Natural do município de Iguatu, no Centro Sul do estado, Monsenhor Pedro Rocha nasceu em 22 de maio de 1914. Foi ordenado sacerdote aos 23 anos e nomeado vice-reitor do Seminário pelo então bispo diocesano dom Francisco de Assis Pires. Assumiu a reitoria entre os anos de 1944 e 1959. Durante este tempo, o Seminário chegou a contar quase 250 alunos, entre os quais também está Monsenhor José Honor de Brito, hoje aposentado das funções paroquiais, e o radialista e memorialista Huberto Cabral.

Além de reitor, foi professor de língua portuguesa, escritor, radialista, membro do Instituto Cultural do Cariri (ICC), promotor da Ação Católica, assistente eclesiástico da Liga Feminina da Ação Católica, administrador do Patronato Ibiapina, membro do Conselho Presbiteral Diocesano, diretor da Maternidade Dr. Fernandes Teles e do Hospital São Francisco e responsável pelo Liceu Diocesano de Artes e Ofício. Está sepultado no Seminário, à esquerda de quem entra à capela, sob o altar de São José e de Santa Maria Goretti, santos de sua devoção. Na lápide, está um resumo de seu sacerdócio: “dedicação à Igreja, à comunidade e amor aos pobres”.

Reportagem: Patrícia Mirelly/Assessoria de Comunicação

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