A mãe de todas as santas vigílias. É assim que a Igreja considera – e celebra – a Vigília Pascal do Sábado Santo, em memória a noite santa da ressurreição gloriososa de Cristo Jesus. Neste sábado, 08 de abril, em comunhão com todas as Igrejas do mundo, com as lâmpadas apagadas e o altar ainda desnudo, a Igreja Catedral Nossa Senhora da Penha, em Crato aguardava, vigilante, a hora certa para proclamar a vitória do Senhor sobre a morte. “Ele ressuscitou como havia dito” (Mt 28, 5).
Iniciada na porta central da Igreja, a solenidade começa com a benção do fogo novo que acende o Círito pascal, para assim dar inicio a procissão. No percurso até o altar as velas dos fiéis eram acesas ao passo que o diácono anunciava: “Eis a Luz de Cristo”.
Um dos momentos marcantes da celebração é quando entoam Hino do Glória, entoado pelas vozes do coro, enquanto as luzes eram acesas e a imagem do Cristo Ressuscitado, aos poucos, ia aparecendo no altar mor. Outros elementos compõem a liturgia da Vigília Pascal: a liturgia da Palavra, que é uma série de leituras sobre a história da Salvação, do antigo ao novo testamento; o batismo dos catecúmenos e renovação das promessas batismais e, por fim, a liturgia eucarística.
A reflexão das leituras e do evangelho foi feita pelo vigário paroquial, Pe. Fernandes José. “Deixemos-nos de ser conduzidos pelo Senhor, nos coloquemos na disposição de discípulos, aqueles que envolvidos pela sua palavra, sem medo, conduzidos pelo Senhor para a ressurreição para a vida nova. Não fazemos mais parte da condição do velho homem, mas fazemos parte da su misericórdia que nos envolve, do seu amor, assim como envolveu a existência a vida de Maria Madalena e fez dela testemunha da ressurreição”, disse.
A liturgia deste dia é um convite para a experiência Pascal com o ressuscitado, não apenas como meros transmissores, mas como novas criaturas em Deus, como Maria Madalena, cuja experiência é proclamada pelo evangelista. “Quando nos abrimos para a experiência desse amor misericordioso de Jesus em nossas vidas, ninguém, nem mesmo a morte, pode tirar dos nossos corações essa experiência de ressurreição”, enfatizou o sacerdote.
Saiba mais:
Com a chegada da Páscoa, já se pode cartar o “Glória”, tocar os sinos, e também se pode preparar fogos. O círio Pascal, abençoado na noite da vigilia pascal, é colocado no presbitério, ao lado do ambão. Esse tempo pascal vai até o dia de Pentecostes, quando o Círio sairá solenemente do presbitério. A partir desse dia, passa a ser usado apenas nas cerimônias do batismo e Crisma.
Por Jornalista Mychelle Santos / Assessoria de Comunicação













