Nesta quinta-feira (15), quando as doze badalas do sino da matriz ecoaram no céu, uma multidão de fiéis devotos se colocaram ao redor do altar da Mãe das Dores para a despedida dos romeiros e a bênção dos chapéu.
O momento devocional é tradição no último dia da romaria. Com chapéus nas mãos e cantando benditos, felizes pelos dias passados e na esperança de retornar no próximo ano, eles entoaram com todo louvor: “Adeus, adeus, adeus Maria”.
Padre Manoel Henrique é romeiro e veio de Maceió (AL). Pesquisador e estudioso, o sacerdote fez importante contribuição no processo de reabilitação do Padre Cícero Romão Batista. Com o rosto banhado em lágrimas, não se conteve ao falar da alegria em participar do momento celebrativo. “É uma expectativa muito grande, e viver para prestigiar esse dia é emocionante”, contou.
Da mesma alegria compartilhou a alagoana Cláudia Correia, que participou da Romaria pela primeira vez. Junto dela, dois filhos e o neto vivenciaram a experiência dos dias de intensa espiritualidade e de fé. “É muita felicidade, chega dá vontade de morar aqui”, disse, entre sorrisos e lágrimas.
A benção para os chapéus foi invocada pelo bispo diocesano Dom Magnus Henrique, que também usava o chapéu de palha. O reitor, Padre Cicero José, e os demais sacerdotes e seminaristas que participaram da celebração também traziam consigo a vestimenta que marca o povo romeiro. O itinerário festivo deste dia solene se estende durante a tarde com a tradicional procissão seguindo a imagem de Nossa Senhora das Dores.
Texto: Mychelle Santos – Jornalista
Fotos: Gabriel Pereira – Seminarista