Para que os responsáveis das finanças colaborem com os governos para regulamentar os mercados financeiros e proteger os cidadãos dos seus perigos. Essa é a intenção do Papa Francisco para o mês de maio. Acompanhe.
Reflexão
Neste mês de maio, o Papa Francisco propõe a toda a Igreja um olhar atento a uma questão de alcance global, mas que toca a vida concreta das pessoas, o presente e o futuro das famílias e empresas: a esfera econômica. Muitas destas decisões são tomadas ao mais alto nível político e financeiro, com regras e procedimentos que, para uma grande parte da população, é difícil acompanhar e entender. Como em todas as áreas, um maior conhecimento e domínio dos assuntos tem como consequência uma maior capacidade de reação e questionamento, de participação e envolvimento mais consciente, em particular nos casos em que as pessoas verificam que estão a ser prejudicadas nos seus interesses e direitos.
Porém, no campo dos mercados financeiros, a capacidade de ação do “cidadão comum” não é tão acessível, pois trata-se muitas vezes de temas para especialistas. Cabe, por isso, às instâncias que regulamentam a esfera econômica – nomeadamente os governos, as grandes instituições financeiras, os bancos centrais, etc… – a decisão de promover cada vez mais uma sensibilidade ética à justiça social, para que os cidadãos sejam protegidos dos perigos que um tipo de economia que não tem a pessoa humana no seu centro é capaz de trazer. Não apenas à vida humana, mas também ao planeta Terra, já que a busca do lucro sem qualquer critério leva à exploração e degradação do ambiente, assim como à dramática perda de qualidade de vida das populações afetadas por estas intervenções. Neste sentido, unamo-nos ao Santo Padre no desejo que tinha já manifestado na Encíclica Laudato Si’: “A política não deve submeter-se à economia, e esta não deve submeter-se aos ditames e ao paradigma eficientista da tecnocracia. Pensando no bem comum, hoje precisamos imperiosamente que a política e a economia, em diálogo, se coloquem decididamente ao serviço da vida, especialmente da vida humana” (n.189).
Oração
Pai bom, Tu criaste para nós este mundo cheio de beleza e harmonia. Confiaste ao gênero humano a tarefa de cuidar dele, para que todos os teus filhos pudessem viver uma vida digna e feliz. Nós te pedimos que o teu Espírito toque o coração dos governantes e dos responsáveis pelas finanças, para que rejeitem uma economia de exclusão, que cria desigualdades e exploração, e procurem o bem comum para todos. Pai-Nosso…
Desafios
-Colocar a pessoa no centro, olhando as suas necessidades e angústias e procurando, na medida do possível, prover ao que lhe faz falta.
– Viver com uma sobriedade feliz, rejeitando uma lógica consumista e vivendo de forma mais simples e sustentável.
– Partilhar os bens, destinando aquilo que me sobra, o que já não visto há muito tempo, o que está arrumado e sem uso, para dar a quem mais precisa.
– Usar o dinheiro com discernimento, sabendo comprar as coisas que favoreçam uma maior justiça social e a melhoria da qualidade de vida das pessoas que trabalham para produzir o que compro.
Assista ao vídeo
Vídeo: Reprodução do canal “O Vídeo do Papa”
Fonte: https://redemundialdeoracaodopapa.pt/rezar-com-o-papa/intencoes/2021/5





