Retornando ao local que marcou sua chegada em Crato, dom Gilberto visita o padre Paulo Borges

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Era manhã desta terça-feira, 27 de setembro, quando dom Gilberto Pastana chegou a Paróquia Nossa Senhora Aparecida, localizada no bairro Batateiras da cidade de Crato. A presença do bispo nesta paróquia faz parte do calendário de visitas aos padres da diocese, e esta foi a vez o padre Paulo Borges.

Na oportunidade dom Gilberto retornou ao local que marcou sua acolhida em Crato, quando no dia 16 de julho chegava acompanhado da caravana “Venha o Teu Reino” da diocese de Imperatriz. A acolhida nesta paróquia representou a acolhida de todos os diocesanos de Crato que abraçaram a missão dele iniciada a partir daquele dia.

Falando em acolhimento, após dois meses e onze dias daquele primeiro encontro, a recepção de hoje não foi diferente. Um grupo da Pastoral da Pessoa Idosa, que praticava atividade física na pracinha próxima a Igreja Matriz, ao saber da chegada do bispo foi até lá para abraça-lo. Leigos e religiosas da Congregação Franciscanas Missionárias de Cristo também estiveram lá.

Momento de oração na Paróquia Nossa Senhora Aparecida. (Foto: Patrícia Silva)
Momento de oração na Paróquia Nossa Senhora Aparecida. (Foto: Assessoria de Comunicação)

Aproveitando a oportunidade o padre Paulo convidou dom Gilberto a deixar uma palavra aos que ali estavam e ele sem demora rezou junto ao povo, falou da necessidade de ser uma igreja unida que conhece o seu próximo e a importância da devoção a Nossa Senhora. O bispo ainda cantou com os fiéis uma canção que ele sempre faz questão de entoar quando chega em alguma paróquia com devoção mariana. Diz a letra: “Senhora minha, Nossa Senhora, chegou a hora de ir embora. Antes de ir, estendo a mão, para pedir, sua bênção. Eu vou embora, cuidar da vida, mas não te esqueço, ó Mãe querida”.

O esquecimento, segundo o bispo, é o maior pecado da humanidade. “Esquecer de Deus, do Seu projeto, esquecer de Nossa Senhora é o nosso maior pecado. Devemos lembrar sempre que temos uma Mãe e um Pai no céu”, disse, e parafraseando a canção, abençoou os fiéis pedindo a todos que se lembrasse também do compromisso de cuidar da vida humana e da vida do planeta.

Dom Gilberto conversando com o casal Edimilson Santos e Eva Ferreira Santos. (Foto: Patrícia Silva)
Dom Gilberto conversando com o casal Edimilson Santos e Eva Ferreira Santos. (Foto: Assessoria de Comunicação)

Esta visita era destinada ao padre, mas em nenhum momento dom Gilberto deixou de dar atenção e doar alguns minutos do seu tempo para quem chegavam perto dele e partilhava um pouco de sua vida, como o casal Edimilson Santos e Eva Ferreira Santos, que tem cinquenta e três anos de casados e netos e bisnetos que perderam a conta. O casal conversava com o bispo como se fossem amigos de longas datas. como quem o conhecia há longas datas. Abraçado com dona Eva, Edimilson disse: “Dom Gilberto é uma pessoa excelente. Falamos com ele sobre a nossa vida. Gostei muito da atenção que ele nos deu”.

A visita foi concluída com um almoço na residência do casal Maria Zélia Gomes Pinheiro e Jorge Ney Leite Pinheiro, no bairro Guaribas, contando também com a presença, além da família do casal e o padre Paulo, do padre Lindoval José da Silva, padre da diocese de Crato que mora em Portugal e está de férias na casa dos seus pais que moram em Missão Velha, e do padre Sebastião Monteiro da Silva, fundador da Comunidade Filhos Amados do Céu.

Da esquerda para direita: padre Monteiro, padre Lindoval, dom Gilberto e padre Paulo. (Foto: Patrícia Silva)
Da esquerda para direita: padre Monteiro, padre Lindoval, dom Gilberto e padre Paulo. (Foto: Assessoria de Comunicação)

Sensibilidade ao social

Após a conversa particular com o padre Paulo, dom Gilberto foi conhecer alguns dos locais onde o pároco desenvolve sua missão, iniciando pela Escola Alegria de Viver, localizada quase em frente a Igreja Matriz. Chegando ao local o bispo conseguiu tirar sorriso das crianças, que estavam em semana de provas. Entrou nas salas de aula e falou também com os professores e coordenadores. Ao escutar de uma das coordenadoras as dificuldades que a educação naquele espaço enfrenta, o bispo consolou-as: “Os problemas existem, porque existem soluções”. Ali o expediente foi concluído com um momento de oração.

Dom Gilberto rezando com os membros da escola. (Foto: Patrícia Silva)
Dom Gilberto rezando com os membros da escola. (Foto: Assessoria de Comunicação)

Logo após dom Gilberto foi levado até o local onde está sendo construída a casa das religiosas da Congregação Franciscanas Missionárias de Cristo. As missionárias chegaram a diocese de Crato em abril e residem hoje no bairro Pimenta. Com a construção da casa, que deve ser concluída até dezembro, a irmãs devem contribuir com a evangelização na Paróquia Nossa Senhora Aparecida. “Um presente de Natal para a comunidade”, considerou o bispo.

Dom Gilberto também foi conhecer o complexo CAIC, formado por uma escola, um hospital e uma creche. Neste local o bispo se deparou com o descaso do poder público municipal. No hospital havia funcionários que não podiam trabalhar porque não tinha material, aliás “se alguém da população quiser ser atendido, fazer um curativo, por exemplo, eles compram o material que fazemos o trabalho”, disse uma das funcionárias em tom de desabafo.

O hospital estava sem atendimento. Não tinha material para os funcionários trabalharem. (Foto: Patrícia Silva)
O hospital estava sem atendimento. Não tinha material para os funcionários trabalharem. (Foto: Assessoria de Comunicação)

A situação não foi diferente na creche. Chegando lá os funcionários estavam comemorando um dia de festa triste. Isso mesmo, festa triste. É que eles se reuniram para se despedirem da Marivania dos Santos Souza, que trabalhava na creche há três anos e três meses e por corte de gastos na educação foi demitida. Hoje foi o seu último dia de trabalho naquele local.

Marivania parecia ser muito admirada pelo núcleo gestor e o corpo docente que esteve em peso na “comemoração”. Somado a isso, ao meio dia, os professores iam declarar greve, juntos com as demais escolas do município de Crato. “É que estamos há dois meses sem receber o nosso salário”, disseram ao bispo.

O bispo conversando com Marivania. Este foi o último dia de trabalho dela. (Foto: Assessoria de Comunicação)
O bispo conversando com Marivania. Este foi o último dia de trabalho dela. (Foto: Assessoria de Comunicação)

A esta situação dom Gilberto disse: “Estou alegre por estar com vocês e triste por esta realidade de uma educação que precisa ser melhorada. A educação é responsável por criar cidadãos honestos. Contem com nossas orações e apoio. Se vocês sofrem, estas crianças sofrem ainda mais. Permaneçam firmes. A união faz a força. Que Deus abençoe esta luta e que vocês sejam vitoriosos”.

O bispo concluiu este momento de missão, de ir ao encontro dos que necessitam, indo a casa do ministro da eucaristia, José Raimundo Pereira de Oliveira, onde o corpo de sua mãe, dona Inácia, de 81 anos, estava sendo velado. Com os familiares e amigos, dom Gilberto rezou, pediu uma bíblia e leu uma passagem do evangelho, confortando a todos na certeza da ressurreição e da vida eterna dada por Jesus Cristo ao morrer na cruz.

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