Quinta-feira Santa: o mandamento novo do Amor fraterno

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O Tríduo Pascal, centro do calendário litúrgico, é o mais importante para os cristãos. Por causa da pandemia de Covid-19, as igrejas realizam as celebrações sem a presença dos fiéis, para evitar o risco de contágio. Assim tem sido na Sé Catedral de Nossa Senhora da Penha, em Crato.

Também por medida de segurança, Dom Gilberto não presidiu nesta manhã de quinta-feira, dia 09 de abril, a Missa do Crisma com os sacerdotes de Crato, durante a qual eles renovam os compromissos de servir ao povo e à Igreja. A cerimônia foi transferida para o dia 04 de agosto, dia do padre.

Às quatro da tarde, no entanto, o pastor diocesano subiu ao presbitério para presidir a Missa da Ceia do Senhor, que faz memória da instituição da Eucaristia. Alguns padres da região forânea 1 (paróquias do município de Crato) concelebraram, e o rito do lava-pés foi omitido.

Em referência ao momento difícil e delicado pelo qual passa a humanidade, Dom Gilberto Pastana disse que é preciso agarrar-se à mensagem da Páscoa, sinal de um tempo novo de libertação e de vida nova.

Na homilia, o bispo também refletiu sobre a dimensão do serviço, simbolizado na liturgia da Quinta-feira Santa, e lembrou-se dos padres que se dedicam a Deus e à Igreja no meio do povo.

A ação de graças e a fração do pão – disse ele – é uma forma de viver os acontecimentos passados, experimentando, hoje, os seus efeitos, principalmente no gesto do lava-pés, mandamento novo do Amor fraterno. Ao fazê-lo, Jesus dá a perfeita dimensão do ser cristão: ser servo dos outros.

Do altar da Igreja doméstica, celebrar com toda a Igreja os Santos Mistérios

O memorial da Paixão de Jesus, que a Igreja repete e atualiza a cada Missa, acentua-se nesta Quinta-feira, santa por excelência. Nela, é celebrada a instituição da Eucaristia, do sacerdócio ministerial e iniciado o Tríduo Pascal, conjunto de cerimônias que acompanham Cristo nos últimos passos para morrer na Cruz, rumo à Ressurreição, centro da fé católica.

Por causa do isolamento social, imposto pela pandemia, os fiéis participam do Tríduo cada qual em sua casa. Nem por isso esses “dias grandes” da Semana Santa deixam de ser vivenciados. Ao contrário.

Observando o que disse São João Paulo II, na Exortação apostólica Familiaris consortio, a família Santana Filgueiras, em Crato, fortalece a sua igreja doméstica e renova o amor fraterno, preparando-se para celebrar, com toda a Igreja, os Santos Mistérios. Costumeiramente, ela estaria na Matriz paroquial, preparando andores ou escalada em alguma função litúrgica. Não sendo isso possível, fez da sala de estar uma extensão da Matriz, ornando um singelo altar – com vela, Cruz, pão e cálice – próximo ao aparelho de tevê, de onde acompanham as celebrações.

Altar ornado pela família Santana Filgueiras, em casa. Foto: Reprodução

“Mesmo nossa celebração acontecendo em casa, participando pelas transmissões ao vivo [nas redes sociais], rezamos na intenção de tão logo podermos voltar às nossas igrejas na certeza de que Deus vai nos livrar desta angústia e nos ajudar nessa triste travessia [do coronavírus]. Como meu padrinho Cícero Romão sempre dizia, cada casa um oratório, cada oratório uma oficina. Aqui estamos nós, no nosso”, disse um dos filhos, Wandemburgo Santana.

Nesta matéria especial, estão os horários das celebrações do Tríduo Pascal nas paróquias da Diocese e as páginas das redes sociais que farão transmissão ao vivo: https://diocesedecrato.org/saiba-as-programacoes-do-triduo-pascal-pela-diocese-de-crato/

Por: Assessoria de Comunicação
Fotos: Pascom/Sé Catedral

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