Em uma tarde de sábado (10 de junho) não muito quente do município de Araripe, o bispo dom Gilberto Pastana, a convite do pároco, padre Vileci Basílio Vidal, visitou três comunidades da Paróquia Santo Antônio que celebra a festa do padroeiro.

Na primeira, a que recebe o nome de “Campo de Aviação” por ter em um tempo da história tido essa função, a pequena Capela de 10m de cumprimento por 4,25m de largura, de chão batido e paredes sem reboco, dedicada a São Sebastião, foi o espaço de diálogo e partilha. Isso mesmo, naquele local dom Pastana se fez povo com o povo, com os moradores humildes daquele bairro e afirmou: “Quando a comunidade é forte a gente se reúne até debaixo da mangueira”.

As palavras de esperança animaram o coração daquele povo que sentiram forte empatia com o pastor diocesano. “Ele é muito humilde, sentimos que ele tem por nós uma atenção de pai”, disse Antônia Dias, coordenadora da comunidade. Do que o bispo falou um ensinamento ficou para o jovem catequista Lucas Marques: “Nunca podemos deixar a comunidade morrer”.

Após a oração do Pai- Nosso e saudar cada um dos membros da comunidade presentes na capela, dom Pastana foi para a Rua 101, no bairro COHAB 3, não muito distante. Lá estava o andor do padroeiro Santo Antônio que logo mais, a noite, seguiria em procissão até a matriz. Ao ver que o bispo estava chegando Ana Maria Duarte saiu correndo para chamar as vizinhas. “Venham, o bispo está aqui”, anunciava ela reunindo algumas vizinhas em frente a casa Celiane Alves Feitosa.

Ali, debaixo de uma arvore de nim indiano, sentado em uma cadeira de balança, dom Gilberto continuou sua missão dialogando, falando sobre a devoção a Santo Antônio naquela cidade e a alegria dos moradores por receberem a imagem do padroeiro. “No momento de oração pedi a Santo Antônio para o meu marido voltar logo. Ele viajou a trabalho”, disse Ana Maria.

Por fim dom Gilberto foi até o Centro Cruz do Monte, onde acontecem as romarias a Frei Damião. Lá tem uma capela, uma sala de promessas e uma vista belíssima para a cidade de Araripe. Também possui um cruzeiro e pequeno museu com alguns pertences do frade, dentre eles a cama, xícara, oratório e a marca dos pés do frei em sua passagem por Araripe no dia 4 de janeiro de 1981.