A Polícia Civil da cidade de Crato, após realizar um trabalho investigativo, concluiu nesta semana o Inquérito Policial nº 446–853/2015 instaurado pelo Delegado Municipal, Dr. Diogo Galindo de Góes, no qual se apurou a gravação e divulgação de vídeo ofensivo à honra do Excelentíssimo e Reverendíssimo Bispo da Diocese de Crato, Dom Fernando Panico.

Entenda o caso

No início de agosto deste ano o Senhor Bispo Diocesano recebeu informação da existência de uma articulação contra sua honra e imagem pessoal, com o objetivo de retirá-lo da administração da Diocese de Crato.

Orientado pela Assessoria Jurídica da Diocese, o Pastor Diocesano levou os fatos ao conhecimento da autoridade policial através do registro de um Boletim de Ocorrência (BO) preventivo para preservação de direitos, sem, no entanto, apontar nomes de suspeitos.

Em setembro foi divulgado um vídeo na Internet, e, somente após tal divulgação nas redes sociais, o Delegado de Polícia Dr. Diogo Galindo de Góes, baixou uma portaria e instaurou um inquérito policial para apurar quem estaria por trás da feitura e divulgação do vídeo, produzido e divulgado de maneira anônima, utilizando-se de um perfil falso para sua difusão no Brasil e no mundo.

Após colher diversos depoimentos, a Polícia Civil através dos fatos concretos identificou os responsáveis e envolvidos pela feitura daquele vídeo. Foi constatado, ainda, que o objetivo da peça divulgada na Internet era o de macular a honra, imagem e, sobretudo, a moral da vítima, Dom Fernando Panico, para tentar desacreditá-lo junto à opinião pública.

Constatou-se, após as investigações policiais, que parte das ações criminosas partiu de um pequeno grupo, formado por leigos e infelizmente, também, por dois clérigos que fazem oposição ao Bispo visando retirá-lo da administração da Diocese.

Comprovada a autoria do delito, através da sua materialidade e esclarecidas as circunstâncias dos fatos, a Polícia Civil de Crato concluiu no relatório final do inquérito policial pelo indiciamento do advogado José Vanderlei Landim, os monsenhores João Bosco Cartaxo Esmeraldo e José Honor de Brito Filho, bem como do Sr. Francisco Fábio Lopes de França e do acadêmico de direito Nathan Batista de Lima, todos incursos nos crimes tipificados no Artigo 139 (Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação) com o agravante do Artigo 141, inciso III, do Código Penal Brasileiro.