Todas as cadeiras do salão da Paróquia São Miguel, em Crato, ficaram ocupadas pelos agentes de pastorais e representantes das comunidades que estiveram presentes, junto com o pároco, padre Ranilson Belém, na formação ministrada por dom Gilberto Pastana sobre Planejamento e Plano de Pastoral. A noite desta quinta- feira, dia 9 de fevereiro, tornou-se uma extensão da assembleia realizada no último final de semana.

Isso porque na paróquia já existe o Conselho Paroquial, porém não funciona de acordo com as diretrizes do Plano de Pastoral Diocesano e, segundo dom Gilberto a ação evangelizadora deve ser calculada e medida para dar frutos.

A expectativa, segundo o pároco, é que a partir de agora os paroquianos se conscientizem sobre a necessidade da formação do Conselho também nas comunidades, com a representação de todas as pastorais e movimentos, “cada um assumindo seu compromisso com o ser Igreja, ajudando o pároco porque o padre não realiza nada sem ajuda dos seus conselheiros”. Padre Ranilson disse ainda que a criação do Conselho deve ajudar o povo a crescer em consciência, em comunidade, vivendo a fraternidade em compromisso com as pastorais, os movimentos, com a ação social da Igreja e com a missão de evangelizar.

E foi falando sobre esta consciência desde atos simples, que dom Pastana iniciou a formação. “Não adianta falar dos políticos corruptos se na estrada eu encontro um caminhão virado e o povo pegando os produtos para si, desço do meu carro e pego para mim também; ou uma mãe que diz que não sabe com quem a filha aprendeu a mentir, se quando ela tinha dez anos uma pessoa chegou na porta e a mãe pediu para filha dizer que ela não estava em casa. Por que não disse que ela não podia atender naquele momento? Porque não disse que ela não queria atender? A corrupção começa nos pequenos atos”, afirmou.

O planejamento que envolve a motivação, iniciativa e a capacidade de realização foi apresentado pelo bispo diocesano como parte essencial na elaboração do plano de pastoral que é feito a partir do olhar da realidade, iluminação com a palavra de Deus, diagnóstico, definição dos objetivos, programação e avaliação.

Com a formação, dom Pastana ainda deixou claro que o planejamento é um instrumento de gestão que promove o desenvolvimento da ação evangelizadora e o plano é um instrumento do planejamento que deve contar com a participação de todas as representações da vida paroquial, pois como diz o Papa Francisco “A nova evangelização deve implicar em um novo protagonismo de cada um dos batizados” (EG-20).