Para fazer crescer a “Civilização do Amor”: Jornada Diocesana da Juventude é realizada em Crato

Compartilhe:

Dispostos a fazer crescer a “Civilização do Amor”, as expressões jovens da Diocese de Crato acordaram cedo, puseram mochila nas costas, roupas e sapatos confortáveis e seguiram, rumo à Paróquia Nossa Senhora Aparecida, no bairro Batateiras, em Crato.

O esforço não era sem motivo. Tratava-se da Jornada Diocesana da Juventude (JDJ), atividade promovida pelo setor de mesmo nome, cuja intenção foi a de ser uma extensão da Jornada Mundial, na explicação do assistente eclesiástico, padre José Ricardo Barros:

– É um apelo do Papa João Paulo II, que inaugurou a jornada a nível mundial. Paralelas, existem as diocesanas, que é uma forma de preparação. Esse ano, nós estamos trabalhando o mesmo tema da que acontecerá no Panamá em 2018: ‘O todo poderoso fez por mim coisas grandiosas.

A missão dos jovens começou com visita às famílias. Depois, reunidos na Igreja Matriz, partilharam suas experiências. À tarde, assistiram apresentações de dança, ouviram catequese e meditaram o Terço da Divina Misericórdia.

O espaço da catequese, proferido pela Irmã Maria Sousa, religiosa, Filha de Santa Teresa de Jesus, fez alusão ao tema da jornada, retirado do “Magnificat”. Em comunhão com o “Dia Mundial de Orações pelas Vocações”, tratou da Mãe de Jesus em sua dimensão humana e divina: “Jovem, reservada, mas que soube confiar inteiramente no projeto de Deus”.

Experiências da missão

A estudante do 2º ano do Ensino Médio, Tayane Silva, de Juazeiro do Norte, conta que tudo se desenvolveu “a partir de um pequeno gesto evangelizador” e, por isso, acredita que foi uma “experiência maravilhosa tanto para eles, quanto para nós, jovens”.

– Evangelizamos as famílias e também fomos evangelizados, cada pessoa tinha um testemunho de vida diferente, e elas compartilharam com a gente, se sentindo à vontade para contar sua história para estranhos, foi isso que nos deixou mais feliz.

Participando pela primeira vez de uma missão como essa, o acadêmico de Análise de Sistemas, Jaelson Santos, também de Juazeiro, considera tudo de “grande importância e aprendizado”, sobretudo, pelo mergulho em realidades tão diferentes.

– As pessoas nos acolheram com alegria, até mesmo as que não são da mesma religião. Diante do fato em que nós, jovens missionários, abdicamos de várias outras coisas para servir o Senhor, no nosso coração cresce aquele ardor missionário, que nos faz querer ir a campo em missão cada vez mais. Foi uma experiência única, na qual eu vou levar para o resto da minha vida, pois às vezes a gente acha que nossos problemas são grandes, mas tudo isso acontece por conta que não sabemos o do outro, não os ouvimos, não perguntamos se está tudo bem e, muitas vezes, um simples gesto de humanidade pode ajudar aquela pessoa a seguir o caminho de Deus, ou seja, o caminho da salvação.

(Momento de partilha das experiências. Foto: Reprodução)

A também estudante Naiane Bezerra, que saiu de Granjeiro para participar, diz que vivenciou “momentos de choque” diante de uma “juventude tão abalada” por estar afastada da Igreja e viver de “felicidades momentâneas”.

– Precisamos ser exemplo para que os outros jovens entendam que a verdadeira felicidade e prazer só é encontrada em Jesus. A JDJ é só um dos enormes passos para resgatar esses jovens. Rezo para que todos os jovens, verdadeiramente, vivam a vida missionária que Jesus nos chamou.

O estudante Guilherme Vinícius, este residente no bairro Batateiras, local da missão, garante que, mesmo já conhecendo muitas famílias, não ficou envergonhado.

– Quando a gente esta na presença do Espírito Santo, a timidez vai embora, porque Ele nos conduz a falar.

Lavínia Santos, que faz parte da equipe de organização, não participou da vista, mas partilhou e bebeu da mesma fonte.

– A galera aproveitou, a gente conseguiu passar a mensagem e recebeu também, então foi uma grande experiência. A gente acha que vai ensinar, mas aprende mais.

Ser jovem e bom pastor

“Jovens que conduzem outros jovens a partir de Cristo”. Essa foi a proposta da JDJ, também pensada em comunhão com a liturgia da Igreja, que celebra a memória de “Jesus, Bom Pastor”.

Na missa de encerramento, partindo do Evangelho do dia (Jo 10,1-10), o bispo diocesano, Dom Gilberto Pastana, falou do cuidado a ser dispensado ao rebanho e a necessidade de ir atrás das ovelhas que se perdem. “Eu penso que vocês, hoje, viveram um pouco dessa realidade”, considerou. “Mas ainda há muito trabalho a realizar, a concretizar. Por isso, continuemos a pedir ao Senhor, que envie mais pastores que possam sacrificar e oferecer a sua vida. O pastoreio deve gerar vida, vida que é vivida de acordo com os desígnios do Pai”, exortou à juventude.

Ao final da celebração, o bispo divulgou o próximo local da JDJ: a recém criada Paróquia Nossa Senhora das Candeias, no bairro Frei Damião, em Juazeiro do Norte.

Acesse a galeria completa: https://diocesedecrato.org/gallery/jornada-diocesana-da-juventude-crato/

 

Posts Relacionados

Facebook

Instagram

Últimos Posts

SOLENIDADE DE PENTECOSTES – ANO B

VEIO ATE NÓS O ESPÍRITO SANTO PROMETIDO “Soprou sobre ele e disse: Recebei o Espírito Santo.” (Jo. 20, 22) Ao longo destas últimas semanas fomos