Nota de condolências às Irmãs Filhas de Santa Teresa de Jesus

Compartilhe:

A Diocese de Crato, na figura de seu pastor diocesano, Dom Gilberto Pastana, emitiu nota de condolências à Congregação das Filhas de Santa Teresa de Jesus pelo falecimento da Irmã Maria das Neves, aos 86 anos, neste domingo, dia 19 de abril, no Hospital São Miguel, em Crato. Ela tinha 60 anos vida religiosa e residia no Abrigo Jesus Maria José, na mesma cidade.

Joana Rodrigues de Lacerda, seu nome de batismo, era natural de Piancó – PB. Aos dezenove anos, ingressou na Congregação fundada por Dom Quintino, primeiro bispo de Crato. Ao tornar-se religiosa, adotou o nome “Irmã Maria das Neves”.

Em nota, a superiora geral, Madre Vera Lúcia Alves de Andrade, disse que Irmã Maria das Neves “serviu à Congregação e à Igreja com muita alegria e responsabilidade” e que em sua trajetória religiosa “foi fiel a um ato de entrega à vontade de Deus com muito amor e firmeza vocacional”. Além disso, tinha “uma alma missionária incansável e um coração eucarístico” e por nada perdia a Santa Missa. Mesmo nos últimos meses, já doente e com dificuldade de se localizar nos espaços, ainda arriscava-se a ir à Sé Catedral. “Uma irmã dotada de sabedoria. Suas reflexões sobre qualquer assunto eram profundas e consistentes, pois tinha convicção das coisas que comunicava às pessoas”, disse Madre Vera.

Abaixo, leia a nota enviada à Congregação por Dom Gilberto.

Nota de condolências à Irmãs Filhas de Santa Teresa de Jesus

Crato, Ceará, 19 de abril de 2020

À querida Madre Vera Lúcia e Congregação FSTJ

“Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho” (Fl 1, 21)

Recordo as palavras do apóstolo Paulo, na sua extrema entrega a Cristo, para manifestar a nossa solidariedade pelo falecimento da Irmã Maria das Neves, aos 86 anos, ocorrido neste Domingo da Misericórdia, 19 de abril, no final da Oitava da Páscoa. 

Ensina-nos o apóstolo que para morrer no Senhor é preciso viver nEle e por Ele, confiando-se à Sua graça no dia a dia, esforçando-se para correspondê-la com todas as forças.

Foi o que fez Joana Rodrigues Lacerda ao assumir sua união com Cristo, tomando por nome religioso Irmã Maria das Neves. 

Às vésperas do domingo anterior, ouvimos, no Evangelho, que Maria Madalena e a outra Maria foram ver o sepulcro de Jesus. Mas, no lugar do corpo, encontraram um anjo. Este, vendo-lhes aflitas e nervosas, disse: “Não tenhais medo!”. 

As mulheres, então, partiram depressa para avisar aos discípulos o que lhes havia ocorrido. Estavam com medo, mas correram com grande alegria. 

Assim ocorre com Irmã Maria das Neves, cujo nome não fora escolhido sem motivos. Tal como aquelas mulheres, ela aproxima-se de Jesus, prostra-se e abraça Seus pés, unindo-se a Ele definitivamente.

Mesmo recolhidas, observando as orientações das autoridades sanitárias para estes tempos de pandemia, cada qual eleve a sua ação de graças por essa fiel religiosa que, com grande descrição, ajudou a edificar a Igreja, nos diversos encargos que lhe foram confiados, sobretudo na Diocese de Crato, precisamente no Conselho Econômico da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Crato, nos anos 1990, junto ao nosso saudoso Monsenhor Manuel Feitosa. 

Unimos nossas orações a essa ação de graças, na certeza de que a vida de Irmã Maria das Neves agora está nas mãos do Senhor, a quem muito amou e serviu na terra.

Em Cristo Ressuscitado,

Dom Gilberto Pastana de Oliveira
Bispo diocesano de Crato

Posts Relacionados

Facebook

Instagram

Últimos Posts