“Se a terra que Jesus pisou é Santa, imagine o ventre que O gerou?”

Nascida em uma família tradicionalmente católica, recebi os Sacramentos do Batismo, Crisma, Eucaristia e Matrimônio na Igreja Católica Apostólica Romana, tendo a cada Sacramento a FÉ alimentada e fortificada.

Como católica fervorosa e praticante, sou devota de alguns Santos que, pela sua história, seus exemplos de vida, suas práticas das virtudes e fidelidade à graça de Deus vivida na terra, tornei-me admiradora e seguidora. A eles sempre recorro e sempre sou atendida. As minhas devoções são verdadeiras escolas de santidade, onde aprendi que ser devota de um Santo é ter um intercessor no plano de Deus.

Como mãe, sinto a verdadeira Bênção chegar a mim quando, mesmo recorrendo a outros Santos, sempre é com Nossa Senhora que mais sinto conexões, afinal Ela me ama, me ampara, cuida de mim e não me deixa só, como verdadeira Mãe.  É inexplicável como, por mais difícil que seja o momento e por grande que seja o problema, após instantes de oração e conversa com Nossa Senhora, uma paz invade o meu coração e a certeza de que tudo vai ser resolvido me traz a firmeza, a fortaleza e a esperança que preciso, e, agradecendo mesmo antes do milagre acontecer, sou impulsionada por uma força que me conduz sempre.

A Nossa Senhora entrego a minha vida, as vidas dos meus, o meu trabalho, sonhos e projetos, na certeza de ser atendida.

Todas as Nossas Senhoras são para mim modelos a seguir e me envolvem pelo seu amor Materno, sendo que recorro com mais frequência a algumas que sempre me direcionam para o amor de Jesus Cristo. E, para esse direcionamento, posso me entregar chamando-as por Nossa Senhora, Maria Santíssima, Virgem Maria, Mãe de Deus, ou seja, denominações fortes de santidade e amor.

A presença de Nossa Senhora é uma realidade constante na minha vida. Sei que Ela está sempre comigo, nos momentos bons e nos ruins, porém é nas piores ocasiões, quando, ao invés de questionar Nossa Senhora permitir, eu recolho-me em oração, entrego nas mãos d’Ela e só espero tudo ser resolvido. Foi assim quando passamos, em família, por alguns episódios muito difíceis.

Há mais de 40 anos, recebemos o diagnóstico de uma doença irreversível de um de nós e, em oração, eu disse para Nossa Senhora de Fátima que a partir daquele dia eu usaria roupa branca nos dias 13 de cada mês, em agradecimento pela cura do meu ente querido, que eu tinha certeza que Ela iria conceder, e Ela concedeu.

Há mais de 30 anos, a nossa empresa passou por problemas que, ao olho humano, eram sem solução, porém, para Nossa Senhora, não eram. No dia seguinte, após rezar e entregar nas mãos d’Ela, recebi do então Vigário da Paróquia de São Sebastião de Mangabeira, minha terra natal, que não sabia o que estava acontecendo, o presente de uma foto grande de Nossa Senhora Auxiliadora, com a orientação para ser colocada em um quadro e fixado atrás da minha mesa de trabalho, e que em qualquer necessidade eu rogasse a Ela que, sem dúvida, eu seria atendida. E, de fato, fui muito bem atendida.

Há mais de 20 anos, tivemos um sequestro de um membro da família. Mais uma vez recorri a Nossa Senhora. Em oração, entreguei a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro na certeza de um desfecho feliz e mais uma vez fui atendida.

As graças alcançadas e os milagres concedidos marcaram a minha vida de forma profunda. Sou muito grata a Nossa Senhora por sempre estar comigo nos momentos difíceis e me oportunizar os mais diversos livramentos. Como resposta de gratidão, faço algumas ações de retorno a Deus pelo seu imenso amor por mim. Dentre tantas, colaboro, mensalmente, com algumas instituições beneficentes e pessoas carentes. Também há 19 anos participo da Comissão do REMAF – Revivendo Mangabeira em Fortaleza, que realiza o Novenário de São Sebastião em Fortaleza, com o objetivo de rezar as Novenas de São Sebastião a cada mês de janeiro, promovendo confraternizações com os Mangabeirenses residentes em Fortaleza, além de angariar fundos para ajudar na manutenção da nossa Paróquia em Mangabeira e permanência com residência fixa do Vigário na Paróquia. O trabalho do REMAF tem sido uma obra de evangelização, pela participação dos Mangabeirenses cedendo as suas residências para realização das Novenas, a participação das famílias a cada Novena, bem como os membros da comissão que trabalham com muito amor e devoção à Igreja Católica, Nossa Senhora e São Sebastião.

Sempre que possível visito os locais de origem dos Santos e Santas, como peregrina em busca de fortalecimento da minha FÉ. Cada visita realizada é um verdadeiro alimento espiritual. É indescritível o misto de emoção, felicidade e esperança renovadas. Conhecer a cidade de Belém, onde Jesus nasceu, e Jerusalém, onde Ele viveu, passar por onde Ele passou, pregou, operou milagres, enfim, ver de perto todos os locais onde tudo aconteceu, há mais de dois mil anos atrás, foi muito importante para que, cada vez mais, eu possa me sentir firme na FÉ, bem como visitar os locais de origem dos demais Santos e Santas, conhecendo mais profundamente a história de cada um, só fortaleceu o meu amor pela Igreja Católica e pelos Santos.

Sou muito grata a Deus pela minha vida, minha família de origem e atual, pelo meu trabalho, pelos meus amigos e por todas as Bênçãos que recebo a cada dia, colocando em suas mãos todas as minhas necessidades, anseios, desejos, sonhos, enfim, tudo e todos, na certeza de que Nossa Senhora intercede e faz chegar a Ele.

  “Deus quis que nada recebêssemos que não passe pelas mãos de Maria” (São Bernardo de Claraval

Com raízes familiares na Paróquia São Sebastião, em Mangabeira, distrito de Lavras, Nenenzinha Mangueira é professora e atualmente reside em Fortaleza .