A cidade de Juazeiro do Norte celebrou, desde o dia 31 de agosto, a preparação para a Festa de Nossa Senhora das Dores, que acontece no dia 15 de setembro. Este ano, algo especial marcou a segunda maior romaria da cidade, dentro dos festejos à Mãe das Dores, foi inserido o Jubileu dos Romeiros, em comemoração ao centenário da Diocese de Crato, que aconteceu dia 14, com uma celebração presidida por Dom Fernando Panico, e concelebrada por Dom Antonio Muniz, Arcebispo de Maceio – AL, e padres da Diocese. Durante os dias de romaria, estima-se que cerca de 400 mil romeiros tenham visitado a capital da fé.
Segundo o Padre Wesley, secretário da comissão para o Jubileu, “não poderia ficar de fora uma celebração com os romeiros, por que as romarias de Juazeiro do Norte são elementos que marcam a diocese de Crato, isso é o elemento que dá a ela um diferencial todo especial no Ceará, no Brasil, na igreja no Brasil”. Para ele, celebrar com os fieis romeiros possui dois significados importantes “o primeiro deles, é o significado de agradecer a Deus, pela existência da diocese que tornou a capela de Juazeiro do Norte em igreja matriz, e também o significado da reconciliação, por que nós conhecemos a história e sabemos das incompreensões, das limitações, das fraquezas humanas, que marcaram a história eclesiástica da diocese em relação às romarias de Juazeiro. Então a celebração desse centenário, desse jubileu com os romeiros quer ser também um momento de reconciliação, um momento de dizer que de agora em diante, procuraremos nos aproximar mais, acolher mais, dar mais atenção.”
Dom Fernando Panico, bispo da diocese centenária, afirmou que a noite era de muita alegria pois, “nós a pensamos para ser a noite do jubileu dos romeiros, por que jubileu significa alegria, exulta no senhor, como Nossa Senhora fez, alegra-se no senhor por que Ele é bom, é fiel, é misericordioso, é paciente, é indulgente.” Assim também caracterizou o jubileu o pároco Joaquim Cláudio, para ele, “o jubileu significa também, além de fazer essa festa, é fazer memória, então faz parte da história centenária da nossa diocese, essa manifestação de fé dos romeiros e da presença deles aqui na cidade”.

Padre Joaquim avaliou a romaria de Nossa Senhora das Dores como positiva, mas elencou alguns pontos que continuam sendo motivos de reclamações por parte dos visitantes, como “algumas falhas na questão da estrutura, como o trânsito; esperamos ver um dia o anel viário pronto, para desafogar aqui, sobretudo no entorno da matriz, e também a questão das pousadas, não todas, mas algumas são desconfortáveis, as taxas aumentam bastantes, então essas são as cruzes da romaria.”
Mas para os romeiros, esses são apenas alguns detalhes. Marieta Sampaio, 68 anos, de Alagoas, declarou que “a gente as vezes tem alguma dificuldade, quando vai chegando o tempo da romaria acontece alguma coisa, uma doença por exemplo, mas aí é só a gente se pegar com Nossa Senhora que dá tudo certo.” Sobre a festa do jubileu, a romeira disse que “está tudo lindo, tudo lindo, cada ano que passa vai ficando mais bonito.”
João Batista, 65, veio de Pernambuco e disse que “desde quando vim a primeira vez não quis mais deixar de vim (…) a diocese ‘tá’ de parabéns por que são cem anos de lutas, dali saiu muita gente boa como meu ‘Padim Ciço’ e ainda vai sair. Pra gente que é romeiro, é como se a gente fizesse parte dessa diocese.”
A próxima comemoração pelo centenário da Diocese de Crato será o Jubileu dos Seminaristas que acontecerá dias 19, 20 e 21 de setembro no Seminário Diocesano São José, em Crato- CE.





