Hoje, 4, iniciou o Jubileu do Clero em comemoração aos 100 anos da Diocese de Crato, com uma programação que contou com conferencia, oração das vésperas na Catedral Nossa Senhora da Penha, e momentos de convivência onde o clero refletiu sobre a caminhada da Diocese, junto com o pastor diocesano Dom Fernando Panico.
O pregador da conferência foi Dom José Mauro Ramalho de Alarcon e Santiago, 90, Bispo Emérito da Diocese de Iguatu, que esteve presente no Concilio Vaticano II. Dom Mauro partilhou sua caminhada sacerdotal, citando as dores e alegrias de sua vocação, encorajando os padres e continuarem firmes na missão, em comunhão com o pastor diocesano, e solícitos as necessidades do povo.
Sobre a experiência no Concilio Vaticano II, Dom Mauro disse que foi o momento mais construtivo de sua vida de bispo, pois nele teve a oportunidade de vivenciar os anseios da igreja. “Os bispos tiveram a puderam expressar para uma comunidade de 5 mil bispos o que desejavam, sendo que seu maior desejo era mais participação do povo na caminhada de igreja. E conseguiram. A integração do povo na vida da igreja, as comunidades podendo expressar-se, podendo dizer o que sentia e colaborando para um culto mais participado, estas com certeza foram as principais mudanças provocadas pelo Concilio Vaticano II”, afirmou.

Para o clero este momento se tornou um espaço de fazer sentir a presença de uma igreja renovada na presença de Cristo, o Bom Pastor, através da Diocese centenária como conta o Monsenhor Acúrcio Barros: “Hoje somos chamados a fazermos uma retrospectiva histórica, não só do centenário da Diocese, mas como um momento de retornar as origens da fé, voltar a Jesus Cristo e ao discipulado, ao grupo dos doze que se amavam, que se queriam bem, testemunhavam Jesus, anunciavam a boa nova e que viviam em comunhão plena com Jesus. Voltando a essa memória histórica e atualizando em nosso contexto de século XX, do ano 2014, quando nossa Diocese de Crato comemora 100 anos, somos chamados a recordar que nós temos uma fé petrina alicerçada na figura de Pedro, que hoje acontece na figura do Papa Francisco. Uma fé da unidade, comunhão e participação como fala os documentos da igreja, em especial o de Puebla, onde nós devemos manter a comunhão com o nosso pastor, o bispo diocesano, que visibiliza a unidade da fé petrina em Jesus, que é norma e fundamento de nossa vida cristã”.
O Monsenhor ainda disse que a Diocese significa o próprio Cristo, a esposa opulenta na fé, fidedigna que vive a unidade perfeita com o seu amado Jesus Cristo. “A Diocese de Crato é esta esposa que está unida com o seu presbitério, com o seu bispo e com o povo de Deus nessa continuidade da igreja primitiva ao Pai, ao seu fundador Jesus Cristo”, afirmou.

Dom Fernando intensificou o pedido de que todos sejam pastores no meio do rebanho, uma igreja voltada para as necessidade do seu povo. “Nossa missão se traduz em sermos homens da palavra, do pão e do povo. Recebemos a palavra e o pão para distribui-las. Devemos portanto ir ao encontro daqueles que são os mais esquecidos, os doentes, os oprimidos, marginalizados, excluídos levando o amor de Deus. Somos uma Diocese centenária e celebrar hoje o jubileu com o nosso clero demostra a nossa unidade como membros de uma igreja onde a cabeça é o próprio Cristo”, ressaltou.
Na programação do Jubileu do Clero que terá continuidade amanhã, 5, os participantes irão celebrar mais um momento de oração com a Via- Sacra na Capela Mãe do Belo Amor, e logo após irão para a cidade de Santana do Cariri onde participarão da Santa Missa e também do lançamento oficial, para o clero, do livro “Benigna, um lírio do sertão cearense” que fala sobre a vida da Serva de Deus, Benigna Cardoso, concluindo este momento festivo.




