I Festival Lixo e Cidadania do Cariri dá visibilidade aos catadores de recicláveis

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Como forma de aproximar a sociedade civil, o poder público e as empresas dos catadores de recicláveis, até o dia 12 de dezembro a Cáritas Diocesana de Crato promove a primeira edição do Festival de Lixo e Cidadania do Cariri. A ideia é dar mais visibilidade e voz aos catadores, promovendo o diálogo e reforçando a importância do trabalho que eles desenvolvem, sendo os principais responsáveis pela coleta de tudo que é reciclado na região.

Idealizado em parceria com a Cáritas Brasileira Regional do Ceará e as Associações de Catadores e Catadoras das cidades de Barbalha, Juazeiro do Norte e Nova Olinda, o evento pretende ser um espaço de debate na busca de soluções para a destinação final de resíduos e a implementação de coleta seletiva solidária, na intenção de contribuir para a manutenção de um ambiente saudável e de promoção da dignidade humana, conforme explica a coordenadora da Cáritas Diocesana, Solange Santana. “Os catadores não podem ser rejeitados. É, inclusive, menos oneroso para os municípios apoiá-los. Rejeito não pode ser gente. Proteger o catador é preservar o meio ambiente”, considera.

Verônica Carvalho e Solange Santana, membros da Cáritas Diocesana na Marcha Regional de Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis. (Foto: Reprodução)
Verônica Carvalho e Solange Santana, membros da Cáritas Diocesana na Marcha Regional de Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis. (Foto: Reprodução)

Na linguagem da cadeia produtiva dos recicláveis, rejeito é aquilo que não serve para reutilização nem reciclagem, ou seja, o que é descartado. Com o advento da Política Nacional de Resíduos Sólidos, no entanto, os municípios estão sendo cobrados para por fim aos lixões.

A atuação dos catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis, nesse sentido, cuja atividade profissional é reconhecida pelo Ministério do Trabalho e Emprego desde 2002, segundo a Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), contribui para o aumento da vida útil dos aterros sanitários e para a diminuição da demanda por recursos naturais, na medida em que abastece as indústrias recicladoras para reinserção dos resíduos em suas ou em outras cadeias produtivas, em substituição ao uso de matérias-primas.

O Festival Lixo e Cidadania começou na última segunda-feira (07) numa proposta de envolver 200 catadores vinculados a associações, de rua e também os que trabalham em lixões, através de seminários e encontros. Nesta sexta-feira (11), o foco da programação são as apresentações do grupo Urucongo de Artes e Catadores de Recicláveis, no Geopark Araripe, do Crato, e o “Teatro do Oprimido”, na Praça da Prefeitura de Juazeiro do Norte. Já no sábado (12), além de apresentação de “Tambores Filhos de Maria”, haverá uma Feira de Economia Solidária na Rffsa do Crato.

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