O Domingo de Ramos dá início à Semana Santa e recorda a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, aclamado pelos judeus. Com louvores, a multidão cobria, com ramos, os caminhos para que Jesus pudesse passar, enquanto gritavam: “Hosana ao Filho de Davi. Bendito o que vem em nome do Senhor”. (Lc 19, 38; Mt 21, 9).
No fim da tarde deste domingo, 10 de abril, após dois anos celebrando a liturgia de suas casas, em decorrência da pandemia, fiéis, em Crato, lotaram o Santuário Eucarístico Diocesano para participaram, solenemente, da benção e celebração dos Ramos. “Durante estas cinco semanas preparamos os nossos corações com a oração, a penitência e a caridade e, hoje, nos reunimos para iniciar, com toda a Igreja, a celebração da Páscoa do Nosso Senhor”, disse Dom Magnus, no inicio da celebração.
Após este momento, o bispo abençoou os ramos dos fiéis e sinalizou o início da procissão até a Sé Catedral, para dar continuidade à celebração. A Santa Missa presida pelo bispo diocesano foi concelebrada pelos padres que atuam em ambas as paróquias.
“Hosana ao Filho de Davi!”
Na celebração do domingo de ramos são proclamados dois evangelhos. Um narrando à entrada de Jesus (lido no início da missa, antes da bênção dos ramos), o outro narrando a sua condenação à morte – este feito como de costume, após as leituras. A liturgia deste dia mostra que o mesmo povo que glorificou Jesus na entrada da cidade, momentos depois o condena à crucificação e à morte. Os coros de “Hosana” dão lugar aos gritos de “crucifica-o”.
Levando a assembleia a refletir sobre a pessoa de Jesus, o bispo diocesano questionou: “Hoje, com nossos ramos que foram levados em procissão, fizemos solene memória desse acontecimento e proclamamos com nossos cânticos que Jesus é o Messias prometido! Também nós cantamos Hosana ao Filho de Davi! Mas, será que é o Jesus real, o Jesus de Nazaré, o Jesus rei dos pobres e humildes, o Jesus cumpridor da profecia? Ou inventamos outro Jesus – poderoso nos moldes da nossa sociedade, com força, poder e prestígio, conforme o mundo entende esses termos?”, disse.
A Semana Santa é um convite para seguir Jesus até a Cruz, sem medo, mas com o coração entregue aquele que deu sua vida para a salvação do mundo. “Irmãos, que vos preparais para celebrar estes dias sagrados, não vos acovardeis, não renegueis o nosso Senhor, não o deixeis padecer sozinho, crucificado por um mundo cada vez mais infiel e ateu, um mundo que denigre o nome de Cristo e de sua Igreja católica! Cuidado, irmãos! Não é fácil, não será fácil a luta: “Vigiai e orai, para não cairdes em tentação, pois o espírito está pronto, mas a carne é fraca!” Que nos sustente a força daquele que por nós se fez fraco! Que nos socorra a intercessão daquele que orou por Pedro para que sua fé não desfalecesse! E se, como Pedro cairmos, ao menos, como Pedro, arrependamo-nos e choremos!”, acrescentou.
Coleta Nacional da Solidariedade
Hoje, a Igreja no Brasil realiza a Coleta Nacional da Solidariedade. Todo o valor financeiro arrecadado com as coletas das celebrações deste vai para os Fundos Nacional e Diocesano de Solidariedade, que o encaminha a projetos relacionados ao tema da Campanha da Fraternidade que, este ano, trata sobre a promoção da paz, por meio da superação da violência.
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Por Jornalista Mychelle Santos (MTE 4345/CE)













