As confissões de Santo Agostinho, a história da alma Santa Teresinha e o Tratado da Verdadeira Devoção à Virgem Maria misturam-se aos clássicos da literatura brasileira e universal nesta seleção feita pelo seminarista Rodrigo Rêmulo Leite. Bom proveito!
“Vulgar é o ler, raro o refletir”
(Rui Barbosa, em Oração aos Moços)
O Pequeno Príncipe – obra do escritor francês Antoine de Saint-Exupéry, é um dos livros mais conhecidos dos diversos tipos de leitores, nas diversas etapas da vida. A linguagem é simples, mas profunda, fazendo o leitor refletir sobre o sentido da vida e da amizade e a voltar a enxergar o mundo com o olhar espantoso da criança.
O Hobbit – escrito por J. R. R. Tolkien, o célebre autor de “O senhor dos anéis”. Trata-se de uma narrativa fantástica, que se passa no complexo mundo da Terra Média. A história é tensa, cheia de surpresas e aventuras, cativando e prendendo a atenção do leitor. Daí se pode colher lições de virtude e heroísmo para toda a vida, tais como a simplicidade, o valor da amizade, a fidelidade aos propósitos, entre outras.
Dom Casmurro – obra do grande escritor Machado de Assis, fundador da Academia Brasileira de Letras e considerado por grande parte dos críticos literários o maior escritor do Brasil. O romance é fruto da mente perspicaz e genial de Machado, na sua fase de maturidade. Leitura indispensável a quem deseja conhecer a fundo a obra deste mestre da literatura.
Espumas Flutuantes – obra poética de Castro Alves, na sua fase ultrarromântica. Neste livro, o poeta dos escravos revela os sentimentos profundos do seu coração e o seu lirismo amoroso, antes de escrever as poesias de Os escravos, que o consagraram como poeta da terceira geração romântica (condoreirismo). Vale a pena revisitar a obra do poeta baiano.
O auto da Compadecida – famosa peça de teatro escrita pelo dramaturgo paraibano Ariano Suassuna. Para quem conhece as aventuras de João Grilo e Chicó, a partir do filme que leva o mesmo nome do livro, ou até mesmo sabe de cor muitas das falas das personagens desta trama, seria bom conhecer a obra escrita e sua densidade cultural e espiritual. O gênio e a comicidade de Ariano são inconfundíveis.
Confissões – obra autobiográfica de Santo Agostinho de Hipona, na qual conta a trama em torno da sua conversão. Trata também de diversos problemas filosóficos e teológicos. Influenciou o Ocidente cristão ao longo dos séculos. Em virtude dos temas abordados e da sua profundidade, a obra do Doutor da Graça permanece atual.
História de uma alma – sob este título foram organizados os manuscritos autobiográficos de Santa Teresinha do Menino Jesus. Escrito em linguagem simples, o livro continua cativando os leitores, sobretudo por causa do estilo de sua autora. Está obra de espiritualidade traz a proposta da “Pequena Via” como itinerário de santidade. Para São Pio X, Teresinha do Menino Jesus é a maior santa dos tempos modernos.
A divina comédia – escrita pelo poeta italiano Dante Alighieri, é uma obra cativante e densa. Guiado por Virgílio, poeta romano, e Beatriz, amada do autor, Dante percorre o inferno, o purgatório e chega ao céu, através de um sonho, dialogando ao longo do caminho com importantes personagens históricas.
Tratado da verdadeira devoção à Santíssima Virgem – nesse livro São Luís de Montfort expõe o seu método de consagração total a Jesus por Maria. Escrito com fervor e devoção, com a ousadia e o carisma de um apóstolo, a obra é muito estimada por quem a conhece. Foi lida por São João Paulo II e Santa Teresinha. Este mês de maio é ocasião propícia para ler ou reler este clássico da piedade mariana.
As mil e uma noites – obra reconhecida mundialmente, apresenta a compilação de uma série de histórias de origem persa, indiana e árabe. Os contos são narrados em série, um por noite, daí o nome do conjunto. Algumas histórias são muito famosas, entre as quais Aladim e a lâmpada maravilhosa.
Por: Rodrigo Rêmulo Leite, seminarista da Diocese de Crato, cursando o 4º ano de Teologia