Evangelização em tempos de pandemia: a experiência do curso para Ministros da Palavra

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Em nossa Diocese, a ideia de formar Ministros da Palavra é motivada pelo Bispo Dom Gilberto Pastana para que mais pessoas possam colaborar com os padres no serviço de evangelização às comunidades.

O município do Crato, pertencente à Forania 1, está formando uma turma acompanhada pelo Padre José Ricardo Barros. O curso é dividido em dez encontros de estudo e formação bíblica, litúrgica e eclesiológica (doutrina da Igreja), além dos sacramentos. Os conteúdos são ministrados por sacerdotes, diáconos e leigos no terceiro domingo de cada mês.

Link é disponibilizado no grupo do WhatsApp meia hora antes da reunião virtual.

Os encontros de formação iniciaram em setembro de 2019, mas tiveram de ser paralisados a partir de abril do ano seguinte em consequência da necessidade do distanciamento social exigido pela pandemia do novo coronavírus. Então, Padre Ricardo, lançando mão da ferramenta eletrônica Google Meet, decidiu continuar com os encontros mensais.

Nesse espaço virtual, as disciplinas foram suspensas para não haver prejuízo no conteúdo, principalmente para aqueles que não dispõem de acesso à internet. E o encontro que se estendia por uma manhã inteira (das oito ao meio-dia) foi reduzido a uma hora. Além disso, Padre Ricardo optou por aprofundar a leitura do Documento 108 (Ministério e Celebração da Palavra) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) criando um lugar de interação entre os participantes, que são incentivados a trocar experiências sobre o item refletido. Antes, porém, ouvem e partilham o Evangelho do dia. A dinâmica segue a mesma dos encontros presenciais, inclusive com registro de frequência dos participantes. O link de acesso é disponibilizado no grupo do WhatsApp. “E tudo funciona de maneira muito boa”, na avaliação do sacerdote. É a solução encontrada até o momento para não deixar os candidatos perderem o ritmo da formação. “Ao retornarmos o modo presencial, então retornamos as disciplinas e a carga horária, como estão organizadas no programa do curso”, reforça.

Participantes compartilham reflexão do Evangelho dominical e estudam Documento 108 da CNBB.

Enviada pela Paróquia de São Francisco, em Crato, Maria Neide de Souza sente falta dos encontros que envolviam interação e contato físico, mas entende que essa é uma exigência do tempo presente.

“A nossa missão não é apenas o anúncio, mas a vivência da Palavra de Deus. Os encontros presenciais têm a alegria da partilha, da conversa, do abraço. Nos virtuais, não. Mas a experiência dos encontros virtuais é positiva, porque é o que temos para o momento. Nós aprofundamos o documento 108 da CNBB e, a cada encontro, nós refletimos, aprofundamos, tiramos as dúvidas”, diz.

O método on-line já era familiar para a professora Eliete Guedes, da Área Pastoral Imaculada Conceição, no distrito de Santa Fé, pelas atividades que desempenha na escola, como professora. Embora também sinta falta do contato físico com os demais colegas, considera positiva a troca de ideias e, principalmente, de dificuldades. “Pra mim, está sendo bom. Não é como a metodologia presencial, mas também tem suas vantagens”.

Sala virtual na plataforma Google Meet foi a solução encontrada para não deixar os candidatos perderem o ritmo da formação.

Para saber mais

Na ausência do padre ou do diácono (os ministros ordenados), a Igreja confia aos fiéis leigos (devidamente instruídos) a missão de celebrar a Palavra de Deus nas comunidades.

Segundo o Guia Litúrgico-Pastoral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), todo cristão, homem ou mulher, por força de seu batismo e confirmação, pode assumir legitimamente esse Ministério. Mas é necessário que o candidato possua algumas características: ser uma pessoa responsável e de boa índole; ter testemunho de vida cristã na família, na vida eclesial e social; ser estudiosa da Bíblia e cultivar constante vida de oração e espírito missionário; demonstrar interesse e disponibilidade para participar de formações oferecidas pela paróquia e diocese, além de ser necessária a aprovação da comunidade, do pároco e do bispo diocesano.

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Por: Patrícia Mirelly|Assessoria de Comunicação

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