Em encontro formativo, Clero Diocesano reflete sobre confissão e misericórdia

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A vivência do Ano Santo da Misericórdia começa, sobretudo, com os padres, nos confessionários. Olhar sisudo ou de reprovação, julgar ou ficar escandalizado em nada facilita o sacramento da reconciliação. Ao contrário. Inibe o fiel desejoso de encontrar soluções para suas dores, anseios e inquietudes. A orientação é do missionário da misericórdia na Diocese de Crato, Padre Acurcio de Oliveira Barros, proferida na manhã desta terça-feira, dia 02, durante encontro formativo para o Clero diocesano, reunido no Centro de Expansão Dom Vicente Araújo Matos, na cidade de Crato, Ceará.

De acordo com o missionário, que tratou de “questões práticas para os confessores”, seguindo orientações recebidas durante encontro com o Papa Francisco, realizado em fevereiro, os padres devem por de lado sua individualidade, para assumir o caráter do Cristo que escuta, acolhe e absolve, evitando os sentimentos de superioridade, como se fossem imunes ao pecado. “Não podemos fazer julgamentos condenatórios ou inquisitórios. Somos homens da misericórdia e do perdão”.

Outro ponto abordado diz respeito à linguagem dos gestos, pois muitas vezes, a confissão tarda a aparecer, o que vai exigir do confessor um olhar atento as fragilidades e os limites do penitente. Daí a missão do sacerdote de ser pai, médico, mestre e juiz, mas um juiz que apenas avalia o grau do pecado para melhor aplicar a absolvição e a reparação, o que não significa “passar a mão na cabeça”, mas fazê-lo progredir à luz das palavras de Jesus: “Vá e não peques mais”.

“Como um pai que se inclina para ouvir o que a criança tem a lhe dizer, assim também nós precisamos estar em sintonia de olhos e de coração. Isso é misericórdia”, disse Padre Acurcio.

Durante a formação, o clero refletiu, pontuou e lançou questionamentos sobre o tema. Para o Padre Chagas, da Paróquia São Cristóvão, de Juazeiro do Norte, é fundamental que o sacerdote também procure o confessionário como forma de demonstrar sua busca por santidade e, assim, melhor conduzir os fiéis. De acordo com ele, o ministro, dispensador da graça de Deus, é o canal por onde passam a absolvição e o perdão pleno que vem, justamente, desse ato de misericórdia, isto é, a confissão.

O encontro do Clero diocesano segue até o meio-dia desta quarta-feira, dia 04. Até lá, momentos de interação, reflexão e convivência fazem parte da programação que inclui, dentre outros assuntos, a apresentação do plano de pastoral, aprovado em novembro do ano passado e que deve nortear as atividades da Igreja nos próximos três anos.

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