Domingo de Ramos abre as celebrações da Semana Santa

Compartilhe:

Com hosanas, saudações e louvores, os fiéis católicos da cidade de Crato celebraram neste dia 20 de março a solenidade do Domingo de Ramos, iniciada na Paróquia de São Francisco, na entrada do municipio, onde aconteceu a bênção dos ramos, seguida de procissão até a Catedral de Nossa Senhora da Penha. A data também marcou a Coleta Nacional da Solidariedade, gesto concreto da Campanha da Fraternidade, cujas doações (feitas no ofertório da Missa) serão destinadas aos Fundos Nacional e Diocesano de Solidariedade.

A liturgia celebrou dois mistérios: a entrada de Jesus na cidade de Jerusalém, montado em um jumentinho e aclamado pelo povo como “Aquele que vem em nome do Senhor” e Sua condenação à morte, quando os ecos dos gritos de “Hosana” já se misturavam ao clamor de insultos, ameaças e blasfêmias que o levariam à Paixão redentora. Daí o título deste dia: Domingo de Ramos e da Paixão. A procissão é de ramos; a missa é da paixão.

O vigário geral, Padre José Vicente, que presidiu a celebração (em lugar de Dom Fernando, ainda covalescente da intervenção cirúrgica), orientou os fiéis sobre a conversão pessoal e a necessidade de ser misericordiosos uns com os outros a partir da perspectiva do Evangelho.

domingoderamos4
(Com ramos nas mãos, fiéis caminharam em procissão até a Igreja Catedral de Nossa Senhora da Penha. Foto: Patrícia Silva)

Para o auxiliar administrativo Franklin Matias, o Domingo de Ramos é uma preparação para que os fiéis possam estar mais “leves e vigilantes à espera do Senhor”, numa reflexão sobre quão grandioso fora o Seu amor pela humanidade ao ponto de dar a vida para redimi-la dos pecados e más atitudes. A agricultora Ivanílsa Pereira de Alencar, de 59 anos, segurando um ramo de palmeira nas mãos, partilha do mesmo pensamento. “É nossa fé se renovando todos os anos”, considerou.

Homilia

Terminada a procissão de Ramos, a celebração convidou os fiéis para um mergulho no mistério da Paixão de Jesus Cristo com as leituras do profeta Isaías, Carta de São Paulo aos Filipenses e o Evangelho de São Lucas que foi cantado solenemente. Em seguida, o reitor do Seminário Diocesano, Padre Edson Bantim, proferiu a homilia que falou da necessidade de um reencontro “com Cristo e com nós mesmo”, da resistência ao mal pela obediência fiel à palavra de Deus, para, assim, viver mais intensamente o Mistério Pascal. “Nesta Semana (Santa), nós nos confrontamos com o mistério de nossa vida: a dor, o medo, a violência, o ódio, a traição, a covardia, o amor, o sofrimento, a ternura, o abandono. E dentre todas estas realidades, nós entendemos que só uma é definitiva: aquela da vitória de Cristo. No final de todas as dores sepultadas naquele sepulcro, descobrimos que há um túmulo vazio e um Deus vitorioso”, disse.

O Domingo de Ramos é o primeiro dia da Semana Santa e o último domingo antes da Páscoa. Após a bênção, os ramos são levados para casa e guardados até a Quarta-Feira de Cinzas do ano seguinte, quando serão queimados. Segundo a crença popular, protegem contra raios, tempestades e incêndios e afugentam o demônio.

Posts Relacionados

Facebook

Instagram

Últimos Posts