Neste dia primeiro de setembro, a diocese de Crato festejou o dia de sua padroeira Nossa Senhora da Penha. A solenidade, que aconteceu pela manhã na Sé Catedral, em Crato, foi presidida por dom Gilberto Pastana e concelebrada por vários padres da diocese.
Ao início da celebração jovens adentraram a Catedral, antes do andor que carregava a imagem da padroeira, com uma réplica, em papel, da Porta Santa da Misericórdia, aberta por dom Fernando Panico no dia 13 de dezembro de 2015 na Igreja Mãe da diocese. Ao se posicionarem a frente do altar cada jovem abriu a “porta” que apresentava à assembleia as obras de misericórdia.

Atentos os fiéis fixavam o olhar nos detalhes da celebração. “A missa está sendo muito bonita. Nossa Senhora da Penha é a mãe da diocese, merece uma celebração bela como esta”, disse Maria do Carmo Pereira, aposentada, que sentiu pela ausência de dom Fernando (ausente devido estar em tratamento de saúde), e disse acolher de coração aberto as palavras do seu coadjutor, dom Gilberto.
Dom Gilberto, que pela primeira vez presidiu esta solenidade, falou aos fiéis da relação de Maria com a misericórdia de Deus, fazendo alusão ao tema da festa “Salve Rainha, mãe de misericórdia”. “Chamar Maria, mãe da misericórdia significa dizer que ela conhece como ninguém, humana e visceralmente, o mistério da filiação do Pai, que contem também a promessa, que nos é dirigida, de nos fazer a todos ‘filhos do Filho’, explicou.

O bispo ainda rezou para que Maria estimule os fiéis a caminharem no mundo novo já iniciado com a ressurreição do seu Filho, Jesus. Mundo novo que vai se concretizando a partir do momento em que as pessoas se tornam cidadãos e cidadãs conscientes e responsáveis.
Este ano a Catedral celebrou 248 anos da festa de Nossa Senhora da Penha.
Procissão
Culminando os treze dias de festa, hoje às 16h o padre Wesley Barros presidiu a missa que antecedeu a procissão solene de Nossa Senhora da Penha. Após o encerramento da celebração, milhares de fiéis foram às ruas do Crato, mais precisamente cerca de sessenta mil pessoas, segundo a organização, para anunciarem o contentamento pela solenidade da padroeira da diocese de Crato.

“Uma procissão onde se reflete e se reza só tem a aprofundar e fortificar a vida de todo povo que caminha esse ano recordando e atualizando a misericórdia de Deus em suas vidas. A procissão é uma caminhada reflexiva, orante que ajuda a vida de todos aqueles que participam deste momento”, disse dom Gilberto sobre a procissão de Nossa Senhora da Penha, que é uma das maiores manifestações de fé do Crato.
A praça da Sé ficou pequena para a quantidade de fiéis. O andor esplendoroso, cheio de flores, com a imagem da Virgem da Penha, da porta da misericórdia e Jesus misericordioso induzia os peregrinos a oração. Após passar por algumas ruas da cidade o carro andor voltou para a Catedral, onde dom Gilberto concedeu a bênção do Santíssimo Sacramento culminando a parte religiosa da festa.






