Levar espiritualidade, conforto e alívio para os doentes. Essa é a missão da Pastoral da Saúde. Para que essa ideia, então, seja extensa às paróquias e às comunidades da Diocese de Crato, um congresso é promovido pela própria pastoral, em parceria com o Hospital São Francisco, em Crato. A abertura aconteceu na noite desta sexta-feira (26) e segue até o fim da tarde deste sábado (27), no Auditório da Sé Catedral Nossa Senhora da Penha.
Além de reunir os agentes da Pastoral da Saúde, o evento também se destina aos demais colaboradores, como os Ministros Extraordinários da Comunhão Eucarística (MECE), Legionárias de Maria, agentes da Pastoral da Pessoa Idosa e religiosas, cujo trabalho está voltado ao cuidado com os enfermos.
Esta já é a terceira edição do Congresso. Cinco eixos temáticos guiam as discussões: espiritualidade do agente da Pastoral da Saúde, assistência pastoral aos doentes terminais e aos idosos, promoção e preservação da saúde, o perdão e a espiritualidade na vida do agente e cuidados com os cuidadores dos doentes.
“Nosso objetivo é tornar abrangente essa pastoral em nossa diocese. Ela já existe, mas não de forma organizada. E a escolha do tema e do lema vem, exatamente, acolher essa proposta ‘com Cristo, somos todos irmãos’”, explica o Capelão do Hospital São Francisco, Padre José Josias.
Ainda de acordo com o sacerdote, cerca de dezoito a vinte pessoas frequentam a Pastoral da Saúde, num trabalho conjunto com as demais pastorais e movimentos, na visita aos enfermos, sobretudo, por meio da Capelania do Hospital São Francisco, onde o trabalho é desenvolvido com mais intensidade.
Espiritualidade do agente da Pastoral da Saúde
Dentre as palestras proferidas no Congresso, a “Espiritualidade do agente da Pastoral da Saúde” contou com a participação do bispo diocesano, Dom Gilberto Pastana.
Em sua fala, traou da precariedade na saúde pública, que exige das pessoas de boa vontade disposição e engajamento para levar à frente os trabalhos pastorais. Pontou três verbos que devem guiar a missão: promover, preservar, defender, cuidar e celebrar a vida; alertou que mundo da saúde não é só o hospital, mas também outros locais onde as pessoas necessitem de cuidados (físicos ou espirituais) e ressaltou a necessidade de “evangelizar, com ardor missionário, sempre fazendo a opção preferencial pelo pobre doente e abandonado”.
“Essa não é uma pastoral isolada ou individual. Por isso, os membros dessa pastoral devem constituir uma equipe que celebra a vida, que cuida e protege a vida. Nesse sentido, é uma ação solidária que ultrapassa os limites pessoais e familiares, porque deve, sempre, estender-se às ações comunitárias. Deve, então trabalhar a saúde integral e integrada”, afirmou.
Segundo Dom Gilberto, cabe ao agente da Pastoral da Saúde levar atenção, cuidado e, se for o caso, catalogar, para que outras pastorais – ou serviços – também possam fazer essas visitas, como os Ministros Extraordinários da Comunhão Eucarística e a Pastoral da Criança, por exemplo.
Ana Salete, da Paróquia Sagrada Família, em Crato, concorda. Para ela, essa é uma pastoral que deve ser exercida em conjunto. “Somos discípulos. Evangelizados, saímos para evangelizar. E, nessa evangelização, ouvir, humanizar, levar conforto, sair, mesmo, em missão”, considerou.
Para saber mais:
O trabalho da Pastoral da Saúde, uma das pastorais sociais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), realiza e inspira este trabalho nos fiéis desde 1986. Este braço da Igreja no Brasil desenvolve suas atividades distribuídas em três áreas de atuação: solidária, comunitária e político-institucional.
Segundo o coordenador da Pastoral da Saúde no Regional Nordeste 1, Padre Francisco Alves, da Ordem de São Camilo (Padres Camilianos), o trabalho dessa pastoral constitui em visitar o doente, levando uma palavra de conforto, mas também ouvindo-o em suas queixas e progressos.
Acesse: http://www.icaps.org.br/institucional/historia/
e também: http://www.vidapastoral.com.br/artigos/bioetica/o-papel-da-pastoral-da-saude-na-igreja/
*Por Patrícia Mirelly/Assessoria de Comunicação