Na manhã do dia 12, o Conselho Econômico e o Corpo Jurídico da Diocese de Crato realizaram uma reunião, na cúria diocesana, com inquilinos de imóveis pertencentes à Diocese e ao Seminário São José, a fim de esclarecer dúvidas relacionadas às rescisões dos contratos da Diocese de Crato e do Seminário São José com a Imobiliária Rocha.

Mesmo com os contratos rescindidos com a imobiliária desde 2014, conforme documento apresentado na reunião, os inquilinos ainda tinham diversas dúvidas com relação à parte burocrática. Onde pagar o aluguel? A quem pagar? Onde renovar o contrato? Foram algumas das indagações feitas.

Pe. Joaquim Ivo Alves dos Santos, que há dois anos está na administração econômica da Diocese de Crato, explicou que a Diocese busca ter um bom relacionamento com os inquilinos, onde ambas as partes sintam-se bem. “Quem vai administrar os imóveis da Diocese e do Seminário é a própria Diocese e esta reunião foi esclarecedora para que todos tivessem conhecimento das rescisões. A decisão foi tomada pensando no bem de todos. Os inquilinos devem permanecer tranquilos, pois é necessário que cada um seja bem tratado e bem acolhido. Buscamos fazer o melhor para que cada um sinta-se feliz em ter esta negociação conosco”, afirmou.

A inquilina Eurides Souza Peixoto, 55, tirou todas as suas dúvidas no encontro e disse que agora saberá como agir. “Agora sim deu para entender a situação. Renovarei o meu contrato aqui e meus pagamentos serão feitos também aqui na cúria diocesana”. E para a aposentada Maria de Fátima Alves de Souza, 64, que mora em uma residência da Diocese há 25 anos, a reunião foi um espaço de estabelecer uma maior ligação com os membros da Diocese de Crato que agora estão à frente da administração dos imóveis, “fico feliz com este passo que a Diocese está dando. Senti segurança nesta administração”.

Sobre as rescisões o advogado Dr. Hiarles Eugenio Macedo Silva, informou que existe em tramite um processo, no Fórum Judicial de Juazeiro do Norte, onde a Diocese pretende uma prestação de contas com a imobiliária. “Mediante a prestação de contas, se houver diferença para mais ou para menos, a Diocese e o Seminário pretendem resolver amigavelmente, se não for possível, essa diferença para mais ou para menos poderá ser motivo de novas ações na justiça. Vimos que os inquilinos estavam sem orientação, procuramos, dentro do possível, prestar-lhes esclarecimentos. Achei a reunião muito proveitosa. Se ficou alguma dúvida foi o mínimo possível”, falou.