Para os mangabeirenses, distrito de Lavras, ou mesmo àqueles ausentes, o dia 10 de janeiro é sempre um marco, já que é a data de abertura dos tradicionais festejos alusivos ao santo padroeiro, São Sebastião. A data é assinalada, há 57 anos, pela cerimônia de hasteamento do Pau da Bandeira, em frente ao patamar da Igreja Matriz, para a qual acorre, animada e cheia de fé e devoção, toda a comunidade paroquial.
Neste ano de 2020, aliás, o povo tem um motivo a mais de júbilo: a volta da imagem histórica, que passou por um processo de restauração. A imagem é fruto de uma promessa, feita no século XIX, que origem à primeira Capela, no então vilarejo de São José.
A restauração foi iniciativa dos filhos de Mangabeira, residentes em Fortaleza. Eles também celebram o novenário em honra do santo mártir, na capital cearense, como uma forma de manter vivas a devoção e as tradições. O novenário chega, este ano, à XVIIl edição, organizado pelo REMAF- Revivendo Mangabeira em Fortaleza e congrega os conterrâneos, familiares e amigos para, juntos, viverem momentos de fé e amor à terra natal. Em 2014, seguindo o exemplo do REMAF, foi criado o REMAC – Revivendo Mangabeira no Cariri, com propósito de irmanar os devotos de São Sebastião em torno de suas raízes comuns. Entre 10 e 20 de janeiro, aqueles filhos ausentes que têm condições de fazê-lo, juntam-se à comunidade local para reverenciar à memória do santo, cuja intercessão, há 157 anos, os mangabeirenses foram livrados da terrível epidemia de cólera-morbo.
Por: Nilberto Henrick/Pastoral da Comunicação/Pascom














