Em Crato, Comunidade celebra 10 anos de vida eterna de Chiara Lubich

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Em Crato, Comunidade ligada ao Movimento dos Focolares celebrou na quarta-feira, dia 14 de março, no Seminário Propedêutico Dom Fernando Panico, a missa pelos 10 anos de falecimento de Chiara Lubich, fundadora do referido movimento. A missa foi presidida pelo padre Silvio, da Arquidiocese de Fortaleza (responsável pelo setor dos sacerdotes da obra no Ceará), concelebrada pelos padres Cícero Luciano, reitor do Seminário Propedêutico, e padre Cláudio, reitor do Santuário da Divina Misericórdia, da cidade de Barro. A celebração também contou com a presença da comunidade do Movimento, presente nas cidades de Crato e Juazeiro do Norte.

Na homilia, o padre Silvo ressaltou a vocação do movimento dos Focolares na sociedade: “Chiara sempre ensinou a pegar palavra por palavra do evangelho e as transformar no que realmente são: Palavras de vida. E nos motivou a vive-las no cotidiano com todos, na família, no trabalho, na escola. Devemos ser luz para iluminar a sociedade e aquecer os corações. Por isso que o movimento é chamado de focolare (fogo no lar, em italiano) e é nossa vocação ser família, família de Deus, a modelo da família de Nazaré. Com isso, todos podem viver o mandamento de Jesus: o amor. Essa é língua oficial do paraíso, canal da graça de Deus”, afirmou, acrescentando o papel espiritual e social de Chiara Lubich na Igreja: “Uma profetisa aos moldes do profeta Isaías, canal da luz e da misericórdia, luz para as nações, porque estava intimamente unida a Cristo Jesus.”

Após a missa e homenagens, foi exibido um vídeo de Chiara, que relata a sua experiência com Maria e o seu lugar na espiritualidade dos Focolares.

Sobre o Movimento

O movimento dos Focolares (ou Obra de Maria como aprovado em seu estatuto) é uma associação de fiéis leigos fundado por Chiara Lubich em 07 de dezembro de 1943 (data de sua consagração a Deus), na cidade de Trento, norte da Itália.

Em meio às bombas da II Guerra Mundial, Chiara e sua primeiras companheiras entenderam o mistério de Deus-Amor e passaram a viver com radicalidade esta nova “descoberta”, como assim chamavam. Nos abrigos antiaéreos, liam pequenos trechos do Evangelho e procuravam colocar em prática aquelas Palavras com fidelidade. Dentre elas, o testamento de Jesus, “Pai que todos sejam Um” (Jo 17,21) foi determinante para delinear o carisma do movimento: a Unidade. Carisma este que encontra sua expressão máxima em Jesus Crucificado e Abandonado, chave para unidade dos homens com Deus e entre si.

Nascia assim um dos carismas mais expressivos da Igreja Católica, de caráter comunitário, enraizado nos valores do Evangelho e na doutrina da Igreja, que atrai homens e mulheres, jovens, adultos, crianças, sacerdotes, bispos, religiosos, todos desejosos de viver segundo o modelo dos primeiros cristãos, partilhando os bens materiais e espirituais. Na estrutura do movimento, existem diversas realidades eclesiais, como os focolarinos e focolarinas (leigos consagrados ao movimento), os Voluntários, aderentes, Gen (setor dos jovens), Gens (setor dos seminaristas), Famílias Novas, Bispos amigos, dentre outros.

Hoje o Movimento dos Focolares está presente em 182 países com mais de dois milhões de participantes. Conta com mais de trinta Mariápolis permanentes (pequenas cidadelas da Obra) espalhadas pelo mundo. No Brasil, existem três delas, as quais procuram ser testemunho de sociedade renovada pelo amor. Participam do movimento predominantemente católicos, mas não só. De maneiras variadas, participam dele milhares de cristãos de 350 Igrejas e comunidades eclesiais, muitos seguidores de outras religiões, entre os quais judeus, muçulmanos, budistas, hindus e pessoas de convicções não religiosas.

Atualmente corre pela diocese de Frascati, na Itália, o processo de beatificação e canonização de Chiara Lubich.

Atuação na Diocese

Na diocese de Crato, acontecem todos os meses os encontros da Palavra de Vida (na primeira quarta feira de cada mês) e o Encontro de Espiritualidade (na terceira quarta feira de cada mês) às 19h15 no salão da paróquia de Nossa Senhora de Fátima, em Crato.

“Eu sou uma alma que passa por esse mundo. Vi tantas coisas belas e boas e fui atraída somente por essas. Um dia (indeterminado dia) vi uma luz. Pareceu-me a mais bela de todas as outras coisas belas e a segui. Percebi que era a Verdade.”  Chiara Lubich

Texto e fotos por Ilderlânio de Sousa Leite

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