A esperança está na partilha. O “bom samaritano” pode se multiplicar nas ações mais singelas. E todo movimento solidário é sempre um caminho de duas vias: para quem dá e para quem recebe. Ao longo do ano, a Cáritas Diocesana de Crato promoveu bazares para auto-sustentação. Tendo sobrado algumas peças, veio a ideia: distribuí-las entre as comunidades Gravatá, em Caririaçu, e Assentamento Dez de Abril, em Crato, ambas assistidas pela instituição. Da doação, veio outra ideia: trocar as peças por alimentos, de modo que pudessem ser revertidos para outra comunidade. E assim foi feito. Ganhou a Associação dos Catadores e Recicladores de Barbalha – ACARB.

Ganham, na verdade, todos os coração que pulsam boa-vontade para transformar o mundo e a realidade. “O que nos liga ao outro de uma forma amorosa”. Essa é a definição para a solidariedade, dizem os psicólogos. O líder do Assentamento Dez de Abril, José Antônio Alberto de Carvalho, concorda: “A gente também trabalha na comunidade essa questão da caridade, da solidariedade”.

<< Bazar realizado na Comunidade Gravatá. Fotos: Cáritas Diocesana >>

A troca entre as comunidades, para Eduardo Cordeiro, presidente da ACARB, reforça que é preciso, cada vez mais, remover as barreiras da indiferença, sobretudo, em relação aos catadores. “Apesar de ser uma categoria de grande importância, a gente ainda encontra muito desprezo. E quando a gente encontra um grupo desse que tá disponível a se solidarizar, pra nós é um prazer. ‘Nós ganha’ e toda a sociedade ganha”.

E não se trata apenas de um ganho material, mas simbólico, emotivo, sentimental. “Através do Bazar e da troca solidária a Caritas Diocesana de Crato levou para o presépio da ACARB o coração das Comunidades. Isso é o bem-viver”, resumiu Solange Santana, da equipe Cáritas.

<< Doação dos alimentos ao catadores. Partilha, solidariedade. Isso é o bem-viver. Fotos: Patrícia Mirelly >>

Por Patrícia Mirelly/Assessoria de Comunicação