Proclamar libertação aos cativos: Dom Gilberto preside Missa de Natal em Penitenciária Regional do Cariri

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A poucos dias da celebração do Natal do Senhor, o bispo diocesano de Crato, dom Gilberto Pastana, acompanhado dos diáconos Cristiann Huyghens Torres da Silva, coordenador diocesano da Pastoral Carcerária, e Cícero Alves Feitosa, visitou, na manhã desta quinta-feira, dia 21, a Penitenciária Industrial Regional do Cariri (PIRC), em Juazeiro do Norte, e lá presidiu Missa na intenção de todos.

“É sempre importante a gente trazer a esperança, a Palavra de Deus e a conversão, também. É necessário que todos nós reconheçamos os nossos erros e tenhamos essa possibilidade de mudança de vida. Então, palavras de esperança sempre trazem objetivos para a vida daqueles que querem, realmente, consertar, avaliar, melhorar a sua vida. E a Palavra de Deus fortalece. E, mais do que a Palavra, o sacramento da Eucaristia também fortalece”, disse o bispo sobre a visita.

Na homilia, lembrou que a maior virtude do ser humano está em “reconhecer os erros”. Daí começa possibilidade de mudança. “Deus é mais forte do que nós”, reforçou o pastor diocesano. Depois, acrescentou: “Esse tempo aqui, eu penso que também é de purificação, de não mais querer estar aqui, nem voltar aqui, a não ser para servir aos outros, para fazer uma visita. O Natal é isso: é receber o Menino Santo em nossa vida. Que esse dia seja, para vocês também, de acolhimento ao Senhor, que vocês mantenham essa esperança de mudar sempre de vida, ser bons e fazer sempre o bem. E que a sociedade, com o testemunho de vocês, possa tirar os seus preconceitos”, exortou.

Ao fim da Missa, dom Gilberto convidou os encarcerados a escreverem um bilhete, destinados aos familiares, firmando compromisso de ser novo homem. “Esse é o maior Natal: encontrar o Senhor, para sair daqui e ser uma criatura nova. Certamente, esse será o melhor Natal para o seu papai, para sua mamãe e para os seus filhos”.

A diretora da PIRC, Izabeliza Campos, afirmou que, quando o bispo fez o convite de trazer uma Missa natalina, “no ambiente prisional que é tão difícil”, trouxe esperança de um novo ano. “E esse é o nosso projeto”, enfatizou, acrescentando: “Que a gente consiga desenvolver esse trabalho de assistência, que visa também chamar as pessoas a tentar um olhar diferenciado para aquele que errou. Eu agradeço a presença de todos. É sempre bom saber que todo mundo está atento, que o sistema, ele vai funcionar, mas a gente precisa que a sociedade também nos ajude”.

Pastoral Carcerária

A Pastoral Carcerária da diocese de Crato tem visitado e levado a presença da Igreja nos cárceres, não apenas no Natal, mas durante todo o ano letivo, evangelizando  em busca da promoção da dignidade humana.

Dom Gilberto e o diácono Cristiann com a diretoria do presídio. (Foto: Patrícia Silva)

“Dentro do que pede a lei, a resolução 8 que é a lei que rege a religiosidade dentro dos presídios, a gente dá essa dinâmica como pastoral carcerária. Através destas visitas os detentos podem sentir que a sociedade, a Igreja, está olhando para ele, porque  eles já são privados de tudo, da liberdade, então temos buscado humanizar o tratamento deles lá dentro e a questão religiosa faz parte deste processo. Ninguém leva Jesus para as cadeias, na verdade encontramos Jesus aqui”, disse o diácono Cristiann.

Na ultima segunda-feira o padre Sebastião Monteiro presidiu a missa na Cadeia Feminina de Juazeiro do Norte, e amanhã será realizada mais uma visita com celebração eucarística, agora na Cadeia Pública do Crato que recebem detentos e detentas.

 

Entrevista: Jornalista Patrícia Silva (MTE 3815/CE)

Redação: Jornalistas Patrícia Mirelly e Patrícia Silva

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