Aparecida, trezentos anos: eu fui! Peregrinos da Diocese de Crato contam suas experiências

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Entre os dias nove e quinze de outubro, um grupo de 75 peregrinos (entre padres e leigos) da Diocese de Crato desembarcava em Aparecida – SP, para acompanhar a solene cerimônia em comemoração aos 300 anos do encontro da Imagem de Nossa Senhora nas águas do Rio Paraíba.

Agraciados com tão grande momento na Igreja do Brasil, Solange Salviano, de Brejo Santo, e Leandro Furtado, de Mauriti, contam suas experiências de fé e devoção na Casa da Mãe Aparecida. Os relatos que se seguem são feitos em 1ª pessoa, para dar mais legitimidade à narrativa.

Solange Salviano:

Tive a graça de levar 75 Pessoas, das quais cinco eram sacerdotes. Vivemos dias de muitas bênçãos, momento único para todos nós, um verdadeiro presente de Deus ver de perto a multidão com a sua fé e devoção a Nossa Senhora. Milhares de pessoas pagando promessas, a Basílica superlotada todos os dias e noites, em um clima de paz.

Chamou minha atenção o número de pais com suas crianças em todas as celebrações. Não tenho palavras para descrever o que senti em atravessar a passarela da fé, que liga a Basílica Velha – como é chamada – ao Santuário. Nunca vi tanta fé e devoção nos rostos dos peregrinos em meio ao sol escaldante, mas todos alegres, entre idosos, crianças e mesmo aqueles com deficiência faziam esse percurso com fé.

Na procissão de Nossa Senhora não se via o fim de tanta gente. O show com vários artistas e religiosos também foi outro momento marcante dos 300 anos. E para completar o presente de Deus ainda fui abençoada e recebi a oração do Núncio Apostólico, que estava hospedado no Hotel Rainha do Brasil, onde estávamos também.

Enfim, só tenho que agradecer a Jesus e a Nossa Senhora por ter me presenteado com tamanha graça, além de poder contribuir com esse presente também para as 75 pessoas. Viver os 300 anos é só uma vez na vida…

Leandro Furtado

Sou devoto de Nossa Senhora Aparecida desde criança. Já visitei o Santuário Nacional três vezes. E em todas levo, no meu coração, minha família, e coloco aos pés da Santa padroeira do Brasil.

Mas essa última visita foi especial, de muitas alegrias, bênçãos e graças. Éramos um grupo de 75 pessoas, de diversas paróquias e cidades da diocese. Cinco dessas pessoas eram padres.

A oração foi constante e de enorme significado. Elas se davam no início do dia, ao saímos em viagem, sempre por um dos sacerdotes. Ainda na viagem, cada um em seu silêncio, rezava do seu jeito, de um lugar para o outro. Uns rezavam com o terço, outros com livros de orações ou com a pequena medalha de Nossa Senhora Aparecida.

Ao embarcamos no dia 09, de Juazeiro do Norte, tendo como destino inicial o Rio de Janeiro, com escala no Aeroporto de Guarulhos – SP. Por volta do meio dia, chegamos à cidade maravilhosa. A tarde foi dedicada a conhecer a Catedral metropolitana de São Sebastião. À noite, após o jantar, fomos conhecer Copacabana, encerrando, assim, o primeiro dia da peregrinação.

No dia seguinte, acordamos cedo para irmos conhecer o Cristo Redentor, que tem um grande significado para nós, católicos, sendo considerada umas das 7 maravilhas do mundo. A tarde foi destinada a conhecer o centro da cidade, e um dos cartões postais: o Pão de Açúcar. Tanto no Cristo, como no Pão de Açúcar, Deus nos revela a sua criação pela Natureza exuberante e divina.

Já ao entardecer, saímos em viagem (agora de ônibus) rumo a Aparecida. As expectativas e ansiedade só aumentavam.  O coração pulsava cada vez mais forte, pois se aproximava o ápice da nossa peregrinação.

Ao chegamos em Aparecida, fomos recepcionados no Hotel Rainha do Brasil. De lá, cada um se dirigiu ao seu aposento, para descansar (no outro dia precisávamos estar fortes e firmes, para as alegrias que viriam pela frete).

Depois disso, fui visitar a Basílica Velha, onde se recorda todos os anos passados. Uma verdadeira obra de arte, diga-se. E foram momentos de muitos agradecimentos à Mãe Aparecida.

 

Na manhã do dia seguinte (13), fomos visitar a comunidade Betânia do Padre Léo [da TV Canção Nova) um verdadeiro encanto da natureza e espiritualidade. Em seguida, fomos à Catedral de Nossa Senhora da Piedade, em Lorena.

À tarde, fomos à Canção Nova conhecer o belíssimo Santuário do Pai das Misericórdias. Participamos do Terço da Misericórdia, às 15h, e do Terço ao vivo, direto da tevê, onde, ao final da recitação, os padres da Diocese de Crato concederam a bênção.

Já durante a noite, nos deslocamos para o hotel. Na manhã do 13, saímos em direção a Cidade Campos do Jordão, também chamada de “Suíça brasileira”. Ao chegar, fizemos “uma city tour”.

À tarde, fomos para a celebração da Santa Missa no Mosteiro de São João, já ao entardecer. Lá, o reverendíssimo Padre Wesley Barros (do Seminário São José) presidiu e os demais padres, Tarcísio (de Santa Fé, distrito de Crato), Arnaldo (Brejo Santo) e Luciano (Juazeiro do Norte) concelebraram.

No dia seguinte (14), pela manhã, saímos em direção ao centro de São Paulo para poder conhecer um pouco.

Ao fim da tarde, fomos muito bem recebidos pelo Mosteiro da Luz, onde está sepultado o corpo do Santo Frei Galvão. Por lá, os Sacerdotes que estavam em nossa peregrinação concelebraram com o Padre José Arnaldo (capelão) do mosteiro, encerrando, oficialmente, a nossa peregrinação, quando partimos para o aeroporto de Guarulhos, rumo a Juazeiro do Norte.

Foram, portanto, dias inesquecíveis, uma peregrinação centrada e tranquila. Só tenho mesmo a agradecer a Deus, a Nossa Senhora Aparecida e a minha família. Aqui também lembro os momentos de muitas risadas entre amigos. Com toda certeza, uma bênção!

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