A campanha da fraternidade, que este ano traz como tema “Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da vida”, foi discutida durante a manhã deste sábado (08), em um fórum promovido pela região forânea 1, no auditório do Colégio Santa Teresa de Jesus, em Crato, com com a participação de 200 pessoas, entre paroquianos, professores, alunos e membros do clero.
Para abordar o assunto de uma forma eficaz e dentro da realidade da diocese de Crato, foram convidados o professor Francisco William Brito Bezerra, mestre em Desenvolvimento Regional (URCA e FURN) e especialista em Gestão Ambiental (ENAP) e o padre Edson Bantim Oliveira, doutor em Teologia Moral (Academia Alfonsiana de Roma).

“É com muita alegria que estamos realizando esse primeiro fórum da fraternidade. Ele foi construído por muitas mãos. Temos a finalidade de estar em comunhão, estar em sintonia com a Igreja no Brasil, com a CNBB, que todos os anos promove a campanha da fraternidade no tempo quaresmal, chamando a população brasileira à refletir sobre os problemas sociais e também as nossas realidades, para melhor viver a vida de cristão. Toda a sociedade do Crato e as comunidades eclesiais foram convidadas para refletirmos juntos sobre a situação da casa comum que devemos preservar, guardar e cuidar”, explicou o padre Ricardo Barros, coordenador foraneo.
A metodologia utilizada para dinamicidade do encontro foi o VER, JULGAR e AGIR, a fim de conscientizar a sociedade sobre a preservação da natureza e a valorização da agricultura familiar, gerando assim melhor qualidade de vida. Isso foi um dos pontos ressaltados pelo professor Francisco William, que ainda destacou a realidade dos biomas da região. “Nós somos uma diocese que temos três biomas: o cerrado, a caatinga e a mata atlântica. Poucas dioceses no Brasil têm tantos biomas. Isso quer dizer que somos três vezes responsáveis pela preservação”, afirmou.

Falando sobre o cuidado com a casa comum, a partir das Sagradas Escrituras e do magistério da Igreja, o padre Edson Bantim explicou como Deus foi criando tudo o que existe e colocando o homem como o protetor e vigia de toda a criação. “Se nós pensássemos a criação como sendo parte de nós mesmos e nós como parte dela, não jogaríamos lixo na natureza, não poluiríamos os rios. Seria como jogar esterco em alguém que está diante de si. Você teria coragem? Para ter uma pessoa diante de você bem limpa e arrumada e você jogar esterco nela? É isto que acontece quando poluímos a natureza”, disse.
Ao final do encontro foi realizado um momento de partilha sobre parcerias e ações em prol da natureza que estão dando certo, dentre eles o projeto de cultura sustentável, desenvolvido na Comunidade Alto da Penha, projetos da Cáritas diocesana e da Sociedade Anônima de Água e Esgoto do Crato (SAAEC).





