Pelo direito à vida e à dignidade: Cáritas Diocesana participa de Ato de Rua no Dia Internacional da Mulher

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O Magistério da Igreja, nos vários documentos do Concílio Vaticano II,  afirma em sua Mensagem final: “Mas a hora vem, a hora chegou, em que a vocação da mulher se realiza em plenitude, a hora em que a mulher adquire no mundo uma influência, um alcance, um poder jamais alcançado até agora”.

Nestes últimos tempos, tem-se refletido, de modo mais intenso, sobre a promoção da mulher no seio da sociedade. O papa João Paulo II, hoje santo, reforçou, em carta apostólica intitulada “MULIERIS DIGNITATEM¹” que “no momento em que a humanidade conhece uma mudança tão profunda, as mulheres, iluminadas do espírito do Evangelho, tanto podem ajudar para que a humanidade não decaia”. O papa Francisco, na mesma linha, em declaração recente, disse que, sem elas, não se pode haver harmonia no mundo e que explorá-las não é somente “um crime”, mas é “destruir a harmonia”.

No Cariri, resultados de um relatório apresentado pelo Observatório da Violência e dos Direitos Humanos da Universidade Regional do Cariri (URCA), divulgados ano passado, apontam seis notificações de violência contra a mulher para cada mil mulheres das cidades de Crato, Juazeiro e Barbalha. Isso representa, por dia, 6,5 notificações.

A fim de salvaguardar o direito das mulheres, reivindicando oportunidades e espaço para as vozes femininas, pelo direito à vida e à dignidade, a Cáritas Diocesana de Crato, enquanto organismo da Igreja, participou de um Ato de Rua realizado na manhã desta quarta-feira (08), na cidade de Crato, em alusão ao Dia Internacional da Mulher.

(Padre Joaquim Ivo, ecônomo da Diocese e pároco da Paróquia de São José, de Missão Velha, abençoando ao Ato de Rua das mulheres. Foto: Reprodução)

“A nossa luta também é pelo direito à vida. Se a gente é contra a violência, a gente é a favor da vida. A Cáritas tem como missão testemunhar o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, promovendo a vida. E aqui [a rua] é um campo fértil. As mulheres, hoje, estão vulneráveis nessa conjuntura. Então, se você quer testemunhar o Evangelho de Jesus Cristo, promova a vida das mulheres do mundo inteiro”, reforça Verônica Carvalho.

Para Angelita Maciel, também da Cáritas, todo dia é dia de ir à rua e lutar, pois a mulher conserva a intuição profunda de que o melhor da sua vida é feito de atividades orientadas para o despertar de todos, para o seu crescimento e a sua proteção.

“Quando a gente se une e luta por direitos, não é um direito individual, é um direito de todas as mulheres. E quando nós, mulheres, temos direitos, a sociedade, em si, tem direitos. Não apenas por sermos maioria, é que nós já nascemos com esse espírito de coletividade”, afirma.

O Ato de Rua realizado, portanto, é manifestação oportuna para promover a vida e a dignidade das mulheres, dom precioso de Deus, sobretudo, frente às autoridades públicas, na busca por melhorias.

¹João Paulo II. Carta Apostólica Mulieris Dignitatem: sobre a dignidade e a vocação da mulher por ocasião do ano mariano: Roma, 1988. Disponível em: http://w2.vatican.va/content/john-paul-ii/pt/apost_letters/1988/documents/hf_jp-ii_apl_19880815_mulieris-dignitatem.html

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