Transformação social através da música é o maior legado dos 99 anos de vida do monsenhor Ágio

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Há cinco décadas a Escola de Educação Artística Heitor Villa-Lobos, mantida pela Sociedade Lírica do Belmonte- SOLIBEL, no distrito Belmonte, em Crato, cumpre a missão de utilizar a música para integrar e educar crianças carentes que vivem em situação de riscos sociais, isso graças ao aniversariante do dia: o monsenhor Ágio Augusto Moreira, que neste domingo, 5 de janeiro, celebrou 99 anos de existência.

“Sem dúvidas o monsenhor Ágio é importante para toda a diocese de Crato. É um fato notável 99 anos de existência. É um dia de render graças ao Senhor, agradecer a Deus que conservou a sua vida doada e dedicada, que recuperou tantas e tantas vidas a partir da música. Isso nos mostra que a vida é simples, é dom de Deus, basta que a gente queira vivê-la como Deus quer que a gente viva”, disse dom Gilberto Pastana, que foi até a SOLIBEL parabenizar o aniversariante.

Dom Pastana parabenizando o monsenhor. (Foto: Patrícia Silva)

Com um jeito simples de acolher, sorriso no rosto transmitindo paz de espirito e leveza na alma, o monsenhor Ágio, sacerdote despojado e humilde, sentado em uma cadeira acolheu a cada um que, após a Santa Missa celebrada na própria SOLIBEL, participou com ele do momento de apresentação musical festejando a abertura do seu ano jubilar.  “Estou muito contente porque Deus me deu saúde para chegar até neste ponto”, disse.

Natural de Assaré, o sacerdote também tem o dom de escrever, e dentre as publicações de livros já feitas, teve uma que ele falou sobre “A história da devoção a Nossa Senhora das Dores”, padroeira de sua terra mãe. “Esse livro é um compromisso que fiz com a minha padroeira. Em toda trajetória de minha vida ela sempre me consolou nas dores que tive, seja como estudante, vigário ou professor”, recordou.

A comunidade do distrito Belmonte participou deste momento. (Foto: Patrícia Silva)

Livros sobre “Tratado sobre as almas do Purgatório” e “História da bicicleta”, prática que ele teve até os 81 anos, foram publicados e mais uma obra está sendo escrita por ele para comemorar seus 100 anos. O novo livro falará sobre a espiritualidade do padre Cícero Romão Batista.

Escola de música e de vida

Violino, Violoncelo, viola, piano clássico, trombone, clarineta e acordeom são alguns dos instrumentos que os cerca de 150 alunos da Escola de Música do Belmonte aprendem a tocar, através de uma formação musical erudita e popular.

As aulas são repassadas para crianças a partir dos 4 anos e ultrapassa gerações, como é o caso de Cícero Galdino, que entrou na escola aos 8 anos, em 1989, por influência dos pais que participavam de aulas na escola, e permanece até hoje, agora como professor e um dos diretores. “A escola de música mudou minha família, ampliou o nosso olhar sobre a vida e, sobretudo, me fez um ser humano melhor”, afirmou.

Sobre a pessoa padre Ágio, Galdino expressou grande admiração. “O padre ágio é um ser de luz. Vejo ele como uma ponte entre o mundo terrestre e o mundo divino. Ele dedicou a vida toda para fazer o bem às outras pessoas tendo a música como ferramenta de transformação humana. Vejo ele como uma grande árvore e cada aluno, cada pessoa que toca, cada nota é como se fosse o padre se renovando. Mesmo em vida o padre Ágio já se imortalizou no coração de cada um de aqui”, disse emocionado.

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