Esta sexta-feira, dia 3 de fevereiro, foi um dia de plantar sonhos para que, fazendo parte dos planos de Deus, floresça a vocação sacerdotal na vida dos quatorze jovens vocacionados da diocese de Crato que ingressaram no Seminário Propedêutico Dom Fernando Panico, onde serão acompanhados durante um ano pelos padres formadores.
Logo pela manhã os familiares de cada jovem foram deixá-los na casa de formação, onde participaram, ao meio dia, de um almoço com o reitor padre Cícero Luciano Lima. A noite os vocacionados receberam o acolhimento do pastor diocesano, dom Gilberto Pastana, que expressou alegria pelo primeiro sim de cada um e, durante a homilia, falou sobre a missão sacerdotal.

“Ser padre é consequência de ser um bom cristão. Esta casa também é uma casa de renascimento, porque aqui vocês deverão aprender uma linguagem no qual devem deixar o homem velho para abraçar o homem novo e a gente faz isso mediante o confronto daquilo que é a nossa vida e daquilo que o Senhor vai nos ensinar através da Sua palavra, através da formação que vamos receber. Então vocês devem ter como prioridades o estudo pessoal e comunitário, a convivência comunitária, onde aquilo que é comum é mais importante do que aquilo que o meu desejo particular”, afirmou.
Partindo da realidade do que é a convivência comunitária, o bispo ressaltou a importância do desapego aos títulos e da hospitalidade cristã que não fazer distinção de cargos ou divisões de classes sociais. “Não devemos tratar as pessoas pelo título que ela tem. Vocês devem receber um pobre aqui da mesma maneira que a mim recebem. A comunidade verdadeira é uma comunidade que acolhe as pessoas e não olha para o que ela é ou para os seus títulos, ela olha vendo que o outro é filho e filha de Deus. Não é o título que salva. Pelo fato de vocês serem seminaristas já serão tratados diferentes nas comunidades. Tenham muito cuidado com isso para não subir para cabeça e pensar que vocês são mais importante que os outros. As vezes nós queremos ser identificados como seminaristas, mas será que nos comportamos como um? Não é a batina que vai dizer que vocês são seminaristas, é o seu jeito de ser, é sua paixão pelo Senhor, é a busca para viver a santidade”, alertou.

O desapego aos bens materiais também fez parte das palavras de dom Gilberto. “A tentação do dinheiro, e o dinheiro aqui não é só a espécie, não deve fazer parte dos nossos pensamentos. Comentários do tipo: ‘Eu quero ir para a paróquia tal porque lá tem mais condição’ ou ‘Eu não quero ir para paróquia tal porque ela é pobre’, não devem ser feitos. Não pode ser assim. Se vocês começarem a ter este tipo de tentação converse o reitor, converse com o seu diretor espiritual, pois essa não é uma conduta do cristão quanto mais de alguém que está pensando em ser padre, o que deve nos manter aqui não é o amor ao material, ao poder, ao título, não é assim que deve ser, mas o amor ao serviço ao Senhor, sobretudo aos pobres, aos pequenos, aos mais simples”, orientou.
Os seminaristas que iniciaram a caminhada de formação foram enviados da seguintes paróquias: São José do Limoeiro (1), Basílica Santuário Nossa Senhora das Dores (1), em Juazeiro do Norte; Catedral Nossa Senhora da Penha (1), Paróquia São Francisco de Assis (1), em Crato; Paróquia Santa Teresa de Jesus (1), Altaneira; Paróquia Nossa Senhora da Conceição (1), Porteiras; Paróquia São José (1), Missão Velha; Paróquia Santo Antônio (1), Jardim; Paróquia Nossa Senhora da Saúde (1), Penaforte; Paróquia São Gonçalo do Amarante (1), Umari; Paróquia São Raimundo Nonato (4), de Várzea Alegre.





