Em comunhão com toda Igreja que contempla a Encarnação do Verbo de Deus, a Comunidade Paroquial de Aurora celebrou neste domingo, dia 25, a festa de seu padroeiro, Senhor Menino Deus, cuja devoção data de meados de 1837. A solenidade foi presidida pelo bispo coadjutor Dom Gilberto Pastana.

Na homilia, o bispo destacou que o Natal é a festa do acolhimento ao Menino Deus, que veio para estabelecer nessa vida a vontade Daquele que o enviou, portanto, “nossa vida deve sempre irradiar as luzes do Senhor”, frisou.

Também lamentou o distanciamento de muitos em relação ao sentido do Natal, afirmando que “a vida só tem significado quando nós vivemos com Jesus e para Jesus”. “O mundo vive na escuridão, porque se afastou da luz. Mas, mesmo assim, a luz brilha”, disse.

Segundo o bispo, o Natal vai além de presentes, ceias, banquetes. “Celebrar o Natal, mais do que uma festa externa, às vezes nós nos encantamos com a comida, com os presentes, com os banquetes que se faz, mas do que essa festa, Natal é uma festa interior, uma festa onde nós nos encontramos com o Senhor”.

Festa do padroeiro

Em Aurora, a devoção ao Menino Deus data de meados do de 1837 quando o proprietário da Fazenda Logradouro, Coronel Francisco Xavier de Souza, quis edificar uma capela a pedido de sua esposa que havia alcançado uma graça.

No entorno desta capela foi se formando uma pequena vila. Com a morte do coronel, o tenente Manuel Joaquim Carneiro, Capitão Antonio Pinto Teixeira e João Melo Borborema, auxiliados pelo povo, procuraram dar maior acréscimo à pequena capela.

Em 1864 quando apareceu o padre Agostinho Afonso Ferreira, conhecendo a boa disposição do povo, empreendeu na capela novos serviços, deixando-a coberta com corredores em um pequeno consistório.

Com o passar dos anos, a criação da Vila d’Aurora, outros sacerdotes foram passando por estas terras e fazendo melhorias na Capela Senhor Menino Deus. Em 27 de junho de 1893, por mercê de Deus, foi elevada à dignidade de Matruz a pequena capela, pelo segundo bispo do Ceará, Dom Joaquim José Vieira, tendo como primeiro vigário o padre Vicente Pinto Teixeira, filho da terra.

Ao longo de gerações, a devoção foi se intensificando e a festa foi passando por várias mudanças até ao modo como se dá nos dias de hoje.  Muitos sacerdotes que por lá passaram deram sua contribuição espiritual, para fomentar cada vez mais a devoção.

Hoje, Aurora vibra de júbilo nestes dias tão solenes em que se comemoram a festa do seu padroeiro.