Após concentração na Paróquia São José do Limoeiro, em Juazeiro do Norte, os participantes da 22ª edição do Grito dos Excluídos saíram em caminhada pela área circunvizinha à paróquia volta das 8h.
A manifestação popular, promovida pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que acontece, tradicionalmente, todo dia 7 de setembro, este ano trouxe como lema: “Este sistema é insuportável: exclui, degrada e mata” e o tema: “Vida em primeiro lugar”.
Na Diocese de Crato, o ato foi organizado, este ano, pelo Ministério da Caridade (Diocesano e da Forania II, que compreende as paróquias de Juazeiro do Norte, Brabalha e Caririaçu) e a Pastoral Diocesana da AIDS.
Além da pauta tradicional de defesa dos direitos sociais, com faixas, cartazes e bandeiras nas mãos, os participantes do “Grito” também reivindicaram melhoria na qualidade do saneamento, preservação ambiental, dentre outros. Durante a passeata, os participantes do ato também cantaram refrães como “Xote Ecológico”, de Luiz Gonzaga.
Na avaliação de Antônio Vieira, um dos organizadores do evento, a caminhada teve participação expressiva das paróquias, com suas respectivas pastorais e movimentos, e tende a aumentar nos próximos anos. “Ela [a caminhada] foi a culminância da Semana da Cidadania, iniciada no dia primeiro, com o ‘pré-grito’, onde chamávamos a atenção para a questão do lixo; depois, com relação ao esgotamentos e saneamento das ruas. As águas e a importância da reciclagem também fizeram parte da temática”, explica.

Desafio
Padre Vileci Basílio Vidal, coordenador diocesano de pastoral, pontua que o desafio do século 21 para a Igreja é, exatamente, este: o da preservação da vida. “Cada vez mais o planeta vai ficando degradado, comprometido e essa falta de cuidado que também se tem com relação às políticas públicas, principalmente relacionadas ao meio ambiente”.
Segundo o Padre José Adelino Martins Dantas, pároco da Paróquia São José do Limoeiro, este “é um grito pela vida da cidade de Juazeiro”, sobretudo, com relação ao Riacho das Timbaúbas, assolado pelo descaso.
Samara Oliveira, paroquiana, acrescenta que o fundamento do “grito” é fazer revitalizar na população a ideia de criticidade. “Além de ser, hoje, o Dia da Independência, o grito vem despertar na gente essa capacidade de pensar sobre as situações e sobre a nossa vida, se nós estamos sendo serem críticos, ativos ou inativos, pensantes ou não pensantes, atuantes ou não atuantes, o que a gente ‘tá’ fazendo para melhorar a situação do nosso Brasil”.
As estudantes Mariana Pereira de Oliveira e Francisca Cláudia, da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, também de Juazeiro, acreditam que, dada a situação do país, a juventude, sobretudo, precisa despertar para uma consciência crítica e “ir em busca de melhorias”.

Para saber mais sobre o movimento, acesse: http://www.gritodosexcluidos.org





