Entre as características da Igreja, uma delas ganha realce com maior evidência: a santidade. A Igreja é santa no sentido de que o seu Fundador é Santo; o seu fim é santo; e os fiéis são convocados à santidade.
Nestes vinte e um séculos de existência, a Igreja teve muito exemplos de homens e mulheres que se consagraram totalmente a Deus na prática das virtudes, chegando até o martírio. Nas fileiras do Povo de Deus identificamos mulheres, e são muitas, que deram e continuam dando, em nossas comunidades, uma contribuição original para o testemunho de sua fé e do seu amor a Cristo e à Igreja.
No século passado resplandeceram como estrelas no firmamento, algumas mulheres- adolescentes, como Santa Maria Goretti, na Itália; a Beata Laura Vicuña, na Argentina e a Beata Albertina Berkenbrock, no sul do Brasil. Todas foram mártires da pureza. Cada uma ao seu modo preservou sua pureza como um valor evangélico, a “pérola preciosa” do Reino enterrada no campo do mundo.
Com muita alegria, e agradecimento a Deus por um testemunho análogo dado na nossa querida Diocese centenária de Crato, apresento esta biografia da Serva de Deus, Benigna Cardoso da Silva, a qual- se Deus quiser- poderá brilhar como uma nova estrela luminosa no céu da santidade da Igreja. O processo de beatificação de Benigna, como é do conhecimento de muitos, está bem adiantado na Congregação para a Causa dos Santos, no Vaticano.
Espero que esta biografia possa ser lida por muitas pessoas, especialmente pelos jovens. Que o exemplo do amor heroico de Benigna por Jesus, possa ajudar a sociedade a rever vários preconceitos sobre o valor da castidade e conduzir a uma troca de comportamentos, para formar uma cultura mais respeitosa e digna da pessoa humana.
O corpo humano não é apenas material biológico mas exprime a riqueza da pessoa pela presença da Trindade. Sua valorização ajuda a eliminar a violência contra as mulheres que, hoje como ontem, continua sujando a nossa história.
Deus abençoe todos os que têm boa vontade de ler esta biografia e de comprometer-se em imitar a vida heroica da menina Benigna, filha abençoada do Cariri cearense, nesta Diocese centenária de Crato.
Dom Fernando Panico, MSC, na apresentação do Livro
“Benigna: um lírio no sertão cearense”.





