Cidade de Crato, Ceará. Nesta quinta-feira, dia 26, os versos do hino escrito por São Tomás de Aquino, a pedido do Papa Urbano IV, “Tão sublime Sacramento”, assinalaram a celebração da solenidade de Corpus Christi, vivo e presente na Eucaristia.
Em sintonia com a Igreja Católica de todo o mundo, após a Santa Missa, guiados pelo vigário-geral da Diocese de Crato, Padre José Vicente, milhares de fiéis, organizados ao lado direito e esquerdo das ruas que cortam a Catedral Nossa Senhora da Penha, acompanharam, com cânticos e orações, a passagem de Jesus Eucarístico, transportado em “carro-andor”, na principal procissão do ano.
“É a festa da Eucaristia, é Jesus verdadeiramente vivo e presente na Eucaristia. Seu corpo paráclito que Ele nos deixou na Quinta-Feira Santa, hoje reverenciado por todos os católicos. É um momento muito importante de fé, onde o povo pode demonstrar seu amor à Eucaristia”, disse o estudante, Pedro Lucas Jovino, que acompanhou, sozinho, todo o percurso.
Outros tantos testemunhos da crença da real presença de Jesus no Pão e no Vinho, consagrados na Santa Missa desde os primórdios da Igreja, podiam ser recolhidos e observados a cada vez que a bênção era concedida.
O mecânico Celso Silva, com o filho no colo, disse que a solenidade “representa muita coisa”. “Eu passei por um momento de muita dificuldade nas drogas e, graças a Deus, através do Santíssimo, eu consegui me libertar, por isso, todos os anos, eu estou aqui e Deus vai me dar forças para, todos os anos, eu estar sempre”, afirmou.
Para a professora Carmén Lúcia de Oliveira, que acompanha a procissão desde menina, foi um momento de “pedir muito a Deus, momento de fé, de esperança”, porque “a oração é o nosso alimento, se a gente se alimenta da Palavra, a gente consegue se reerguer e seguir em frente, apesar dos obstáculos”.

Deus que nos acompanha
A Festa de “Corpus Christi” é a celebração em que solenemente a Igreja comemora o Santíssimo Sacramento da Eucaristia. De acordo com o vigário-geral, Padre José Vicente, significa que a Igreja não está órfã, porque Jesus é o Seu companheiro, caminhando junto ao povo, pelas sendas da vida, num peregrinar para o céu. “Significa, propriamente, o senhoril de Jesus sobre o mundo e a humanidade”.
Sobres as semelhanças com a instituição da Eucaristia na última ceia de Jesus com os apóstolos, recordada na Quinta-feira Santa, o padre explicou que, a partir dessa instituição, já se pôde ter a certeza da presença viva e real de Cristo no meio do povo, tesouro espiritual da Igreja.






