“Dilexi te” (“Eu te amei”): publicada a primeira exortação apostólica do Papa Leão XIV

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Nesta quinta-feira, 9 de outubro, o Vaticano publicou a primeira exortação apostólica do Papa Leão XIV. Intitulada Dilexi te (Eu te amei), a exortação teve seu trabalho iniciado pelo Papa Francisco e aborda o tema do serviço aos pobres, cujo rosto se reconhece “no sofrimento dos inocentes”.

No documento, o Santo Padre denuncia “a economia que mata”, a falta de equidade, a violência contra as mulheres, a desnutrição e a emergência educacional. Ele retoma o apelo de Bergoglio em favor dos migrantes e exorta os fiéis a fazerem ouvir “uma voz que denuncie”, porque “as estruturas da injustiça devem ser destruídas com a força do bem”.

Assinado em 4 de outubro, festa de São Francisco de Assis, o texto do Pontífice agostiniano segue os passos de seus antecessores: João XXIII, com o apelo na Mater et Magistra para que os países ricos não permaneçam indiferentes diante dos que sofrem com a fome e a miséria (83); Paulo VI, com a Populorum Progressio e o discurso na ONU “como advogado dos povos pobres”; João Paulo II, que consolidou doutrinariamente “a relação preferencial da Igreja com os pobres”; Bento XVI, com a Caritas in Veritate, cuja leitura é “mais marcadamente política” das crises do terceiro milênio; e, por fim, Francisco, que fez do cuidado “pelos pobres” e “com os pobres” um dos pilares de seu pontificado.

Um trabalho iniciado por Francisco e relançado por Leão XIV

Foi o próprio Papa Francisco quem, nos meses que antecederam sua morte, iniciou o trabalho sobre a exortação apostólica. Assim como ocorreu com a Lumen Fidei, de Bento XVI — retomada em 2013 por Jorge Mario Bergoglio — também desta vez é o sucessor quem completa a obra, que se apresenta como uma continuação da Dilexit Nos, última encíclica do Papa argentino sobre o Coração de Jesus.

É profunda a ligação entre o amor de Deus e o amor pelos pobres: através deles, afirma o Papa Leão XIV, Deus “ainda tem algo a nos dizer”. Ele retoma o tema da “opção preferencial pelos pobres”, expressão nascida na América Latina (16), não para indicar “um exclusivismo ou uma discriminação em relação a outros grupos”, mas sim “a ação de Deus”, que se move por compaixão diante da fragilidade humana.

 

Imagem: reprodução Vatican News

 

Por Jornalista Mychelle Oliveira / ASCOM Diocese de Crato com informações do Vatican News

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