A economia solidária vem despontando como um novo jeito de produzir, vender, comprar e trocar o que é preciso para viver. E o melhor: sem explorar os outros, sem querer levar vantagem, sem destruir o ambiente. Cooperando, fortalecendo o grupo, cada um pensando no bem de todos e no próprio bem. E as mulheres, por sua vez, lideram esse jeito diferente de fazer economia. Mas ainda há um longo caminho a ser percorrido. Na intenção de promover um debate sobre esse assunto, a Caritas Diocesana do Crato, o Conselho da Mulher Cratense, o SESC-Crato, O GRUNEC e a Frente de Mulheres do Cariri realizaram nesta quarta-feira, dia 30/03, o seminário “Mulheres Solidárias: Uma nova economia é possível”. O debate girou em torno da economia solidária, mas também tratou de temas como violência doméstica, saúde da mulher trabalhadora e a luta por seus direitos.
Na ocasião, estavam presentes Ana Lourdes Freitas, da Rede Cearense de Socio-Economia Solidaria/Templo da Poesia, Edna Oliveira, do SESC Crato e Dulciele Araujo Pinheiro, do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher Cratense e Secretaria de Saúde, que participaram da mesa contribuindo com o debate.
O lema “Nenhum direito a menos”, utilizado durante as atividades da Caritas do mês de março, sintetiza o porquê da luta: o estabelecimento de novas relações de produção e consumo. A efetivação desses direitos passam, de acordo com Mara Guedes, do Conselho Municipal da Mulher Cratense, pela superação da economia capitalista que violenta as mulheres. O mesmo pensamento foi partilhado por Ana Lourdes Freitas. Para ela, a economia solidária está intrinsecamente ligada às mulheres. “É só olhar nas feiras, nos grupos que estão produzindo, têm muito mais mulheres”, afirmou.






