Afinal, o que celebramos não é o “NASCIMENTO DE JESUS”? Será isso mesmo o que celebramos no natal, ou já temos outros paradigmas, outros “por quês” celebrar? Trago tal questionamento por que para a ótica neoliberal capitalista (o mercado) importa o poder mobilizado da festa natalina para o aumento do consumo. Para o mercado, é tempo de compra-venda, daí a figura que desponta, mais e mais, ser o papai noel (o velhinho que anima a vender-comprar…)
Na perspectiva cristã, essa é uma festa cuja grandeza só é menor que a Páscoa do Senhor. A solenidade do natal, celebrada a 25 de Dezembro, é precedida por quatro semanas de preparação, um tempo denominado Advento – palavra que significa Vinda. Somente em 25 de Dezembro, ao domingo após a festa da Epifania (popularmente: festa de reis), com a Festa do Batismo do Senhor, temos de fato o Tempo do Natal.
O centro da festa do natal é o Nascimento do Senhor Jesus, a data exata do fato não sabemos. A escolha do dia 25 de Dezembro, segundo estudiosos, foi a busca dos cristãos por resistir à festa pagã “Natalis Solis Invicti”, celebrações estabelecida pelo Imperador Aureliano no ano 275 (Festejando o dia mais longo do ano – O sol exposto por mais longo tempo). Para nós cristãos, Jesus é o Sol da Justiça (cf Mc,4,2;Lc 1,78), daí antepor a Festa do Natus est Chistus in Betlehem a festa do solis invicti.
Assim como a páscoa, a festa do natal é prolongada por uma semana – a oitava do natal, com grandes festas: dia 26 – Sto Estevão; dia 27 – S. João Evangelista; dia 28 – Stos Inocentes – No domingo seguinte ao natal – Festa de Sta Mª Mãe de Deus.
Nós cristão temos de esforçar-nos para recuperar o sentido primeiro, real e essencial do natal, não nos deixando pela mídia do mercado. Evitemos dar demasiada ênfase ao “Bom velhinho”, nem montar a árvore de natal aquilo que ele é: Festa da Vida – Deus quer partilhar o divino com o humano, divinizando-o. Pois o verbo se fez carne e habitou entre nós. (Jo 1,14).





