Quando os seminaristas José Claudiano, Edpo Israel, Gilberto Júnior e Gilson Rodrigues chegaram à Casa Episcopal, na manhã desta segunda-feira (9), foram surpreendidos com um anúncio: a data da ordenação diaconal em 25 de janeiro de 2020, às 19h, na Sé Catedral, em Crato.
O anúncio foi feito pelo próprio bispo, após uma reunião, na qual os seminaristas, como de costume, partilharam as experiências do “ano pastoral”, período posterior à conclusão do curso de Teologia e que antecede, justamente, à ordenação diaconal. Os padres responsáveis pelas paróquias onde os seminaristas cumprem esse estágio, além do reitor do Seminário São José e da professora/psicóloga que acompanha a formação, presenciaram a boa notícia, recebida com alegria e gratidão ao Senhor da Messe.
Os futuros diáconos transitórios – ministério dado àqueles que se preparam para o sacerdócio – chegaram ao Seminário em 2011. Claudiano, por exemplo, é natural de Juazeiro do Norte, da Paróquia São João Bosco; Edpo é natural de Bodocó – PE, mas foi enviado pela Paróquia Nossa Senhora das Candeias, em Juazeiro; Gilson pertence à Paróquia Nossa Senhora do Rosário, em Quitaiús, distrito de Lavras da Mangabeira; e Gilberto Júnior pertence à Paróquia Sagrado Coração de Jesus, de Palestina do Cariri, distrito de Mauriti.

Conheça os candidatos:
Edpo Israel Loula Teixeira, 27 anos: “Em geral, o que marcou em mim foi de saber mais profundamente a beleza e o amor de Deus derramados na Igreja”.
Gilson Rodrigues Brito, 26 anos: “A experiência que sempre me marcou foi o contado com povo, podendo levar a todos a Palavra de Deus, e este contato sempre foi motivo de renovação para a minha vocação”.
José Claudiano Ferreira da Silva, 29 anos: “O meu desejo inicial era ser médico. Um fato, em especial, me fez mudar de ideia, radicalmente. Uma vez, ‘faltou’ padre em minha comunidade e eu fui celebrar a Palavra. Tudo aquilo era muito novo para mim, mas eu senti uma paz tão grande e um chamado tão forte, aí eu dizia: ‘Senhor, eu quero ser médico’. Mas, nesse dia, o Evangelho era sobre ser pescador de homens, e eu entendi: Deus me dizia que eu deveria ser médico das almas. Depois, com toda a caminhada no seminário, a minha vocação foi sempre se fortalecendo e eu tendo mais certeza de que é a escolha certa”.
José Gilberto Nascimento de Sousa Júnior, 28: “Durante toda a minha caminhada vocacional, o que eu acrescento como algo marcante é o contato que a gente tem com o povo de Deus, nas experiências pastorais, o abrir-se à formação, vendo o agir de Deus na minha vocação e vendo a Igreja confirmar o chamado que Deus me fez”.

Entenda o Ministério Diaconal:
O Rito de Ordenação Diaconal tem seu ponto alto na imposição das mãos e na oração realizada pelo bispo. Nela, a Igreja, personalizada no pastor diocesano, em pé com as mãos estendidas, pede ao Espírito Santo que consagre os candidatos como diáconos. Estes, de joelhos, recebem a imposição das mãos e confiam-se a essa meditação.
Esse conjunto de gestos os confere no ministério clerical. Ainda não são sacerdotes, são consagrados ao serviço do altar. Podem, com isso, assistir aos bispos e aos padres nas celebrações, proclamar o Evangelho, assistir matrimônios, administrar batizados, conservar e distribuir a Eucaristia e conceder bênçãos, como a do Santíssimo Sacramento.
Saiba mais:
Existem dois tipos de diáconos: os transitórios e os permanentes.
Os transitórios são homens que se preparam para o sacerdócio. No meio do caminho e antes de receberem a ordenação sacerdotal, recebem a ordenação diaconal. Depois de um tempo atuando como “ministros ordenados”, recebem o segundo grau da ordem, o presbiterado.
Os permanentes são homens que não estão caminhando rumo ao sacerdócio. Geralmente são homens casados há um bom tempo (algumas dioceses exigem cerca de 10 anos de casamento), com ativa participação nas atividades da Igreja e vocação para as obras sociais e de caridade.




