102ª Romaria de São Sebastião é concluída em Ipaumirim

21 janeiro 2021

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No fim da tarde desta quarta-feira, 20 de janeiro, a Paróquia Imaculada Conceição, em Ipaumirim, a 138 quilômetros de Crato, alegrou-se com a presença do bispo diocesano, Dom Gilberto Pastana, para render ainda mais louvores a São Sebastião, reverenciado como co-padroeiro. A devoção ao “mártir de Cristo” é antiga. Este ano, chegou à sua 102ª edição, mas sem a realização da tradicional romaria, quando milhares de fiéis peregrinam à pedra edificada em homenagem ao santo no alto da cidade. Além do Ceará, esses fiéis são oriundos da Paraíba e do Rio Grande do Norte. Como medida de prevenção ao novo coronavírus e em atenção aos decretos municipais, a romaria aconteceu de forma virtual.

A medida propiciou aos romeiros e filhos ausentes o acompanhamento integral da programação por meio dos canais digitais da Paróquia no Youtube, no Facebook e também no Instagram. “Se não foi uma presença física, mas uma presença espiritual!”, afirmou o pároco, Padre Benedito Evaldo. Mesmo adaptada ao formato virtual, a Romaria foi bem participada, segundo ele, graças ao auxílio e dedicação da Pastoral de Comunicação (PASCOM) da Paróquia. “Nós tivemos uma boa participação. Através da nossa pascom, pessoas de todo o Brasil, romeiros de São Sebastião, todos puderam vivenciar essa experiência. Aprendemos a viver a nossa fé e amadurecer na escuta da Palavra”, destacou o sacerdote.

Uma flecha não bastou para calar a sua voz

Na homilia, Dom Gilberto chamou a atenção para o testemunho de São Sebastião que pelo martírio foi fiel ao seguimento do Senhor. “O mártir é aquele que testemunha Jesus e testemunha com a sua própria vida”, disse, recordando a bravura de São Sebastião e um detalhe curioso de sua história: apesar de ter sido amarrado em um tronco e ferido com flechas, sobreviveu. E, recuperado, continuou a ajudar os cristãos encarcerados, deixando o imperador da época furioso. Porque não negava a fé em Cristo, sofreu o martírio. “Preferiu dar a vida, deixar-se matar, para ser fiel ao seu Senhor até o fim dessa vida humana, porque o mártir compreendeu que a sua vida é do Senhor e, dando essa vida, alcança a vida eterna”.