Sob o patrocínio da Imaculada: Comunidade Valdivino, em Milagres, completa 1º centenário

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O aposentado Francisco Ari Batista, 66 anos, busca na memória aquilo que ouvira de seus antepassados sobre a edificação da comunidade onde reside “desde que se entende por gente”.

Era 8 de dezembro de 1918 quando o casal José Batista e Maria Leocádia da Conceição, obedientes aos Conselhos do Padre Cícero, puseram os dez filhos em fileiras e, juntos, saíram do sertão da Paraíba em direção ao interior do Ceará. A tira colo, levaram uma pequena imagem da Imaculada Conceição da Virgem Maria, e dela valiam-se no longo trajeto.

A imagem deu origem à Capela, localizada na Comunidade Valdivino, a 13 km de Milagres. Para ergue-la, o casal, junto a outros moradores, trabalharam em regime de mutirão.

Capela ganhou reforma para celebrar a data jubilar. Foto: Reprodução

Na década de 1970, sob o patrocínio da Fundação Padre Ibiapina, ganhou impulso na organização sindical e na promoção de cursos profissionalizantes.

Hoje, as 52 famílias ainda conservam os ideias que ajudaram a constituir a comunidade: solidariedade e fraternidade. Tanto que a ação evangelizadora concentra-se na tradição de renovar a casa ao Coração de Jesus, de reunir-se, durante a noite, para os Círculos Bíblicos e atuar nas pastorais do Dízimo, da Pessoa Idosa, assim como na Catequese e no Encontro de Casais com Cristo (ECC).

Cem anos de evangelização

Na noite desta quinta-feira, dia 29 de novembro, por ocasião do 1º centenário, a Comunidade Valdivino reuniu-se na Capela dedicada à Imaculada Conceição, para depositar, no Altar do Senhor, tudo quanto foi vivenciado “em cem anos de vida comunitária, Maria nos conduz à vida cristã”, como reza o tema da festa jubilar.

<<À esquerda: Imagem que deu origem à capela, em 1918. À direita, réplica localizada no altar-mor. Fotos: Patrícia Mirelly >>

Essa feliz circunstância teve a presença do bispo diocesano Dom Gilberto Pastana que presidiu a Santa Missa, concelebrada pelo o pároco de Milagres, Padre Ronaldo Oliveira, e ecônomo da Diocese de Crato, Padre Joaquim Ivo, que tem raízes familiares na circunvizinhança.

Na homilia, o bispo recordou algumas características da vida cristã que, segundo ele, se forem preservadas, sobretudo pelos mais jovens, muito ajudará a viver, cada vez mais, o espírito comunitário.

– Quando vivemos em comunidade, a gente vence um grande pecado, que é o individualismo. Vivência comunitária significa viver em comum, unir os pensamentos, para que se tonem fortes e se tornem realidade. Na comunidade, nós nos conhecemos e ela nos conhece. Todos cuidam de todos, porque temos os mesmos pensamentos e sentimentos. Daí a importância desse templo. Acolhendo a Palavra de Deus, os ensinamentos, procurando entender o que ele quer, nós conseguimos combater o mal da sociedade. Viver na oração, na partilha e na solidariedade – considerou.

A Capela da Imaculada Conceição, além do centenário, celebra a festa em honra da padroeira até o próximo dia 8 de dezembro.

Por: Patrícia Mirelly/Assessoria de Comunicação

 

 

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