“O Intereclesial mostra a atualidade e a vitalidade das CEBs na vida da Igreja”, afirma presidente da CNBB

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Presente nesta 14ª edição do Encontro Intereclesial das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), o arcebispo de Brasília (DF) e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cardeal Sergio da Rocha, quis prestigiar de perto o testemunho dos agentes eclesiais reunidos em Londrina (PR) até o próximo dia 27. Em entrevista, dom Sergio destaca a contribuição das CEBs na vida da Igreja, especialmente sua própria estrutura como “grande resposta” pastoral para os desafios urbanos.

Delegados de todo o país estão nesta semana no 14º Encontro Intereclesial das CEBs. O que representa este evento para a Igreja no Brasil?

Três palavras podem resumir a especial importância do Intereclesial para as CEBs e para toda a Igreja no Brasil: esperança, comunhão e missão. O Intereclesial é sinal de esperança, promove a comunhão eclesial e anima a missão. O testemunho das CEBs, dentre outros aspectos, contribui muito para valorizar mais a vida comunitária, a participação efetiva dos cristãos leigos e leigas na Igreja e na sociedade, e a relação entre fé e vida, com especial atenção para os graves problemas sociais que trazem tanto sofrimento para o nosso povo. Estes são aspectos fundamentais da vida e da missão da Igreja que não podem ser descuidados; ao contrário, necessitam ser revalorizados e propostos para o conjunto da Igreja e não somente para as CEBs.

As Comunidades Eclesiais de Base querem a partir do estudo dos desafios do mundo urbano ter um novo olhar sobre a evangelização. O que este debate pode oferecer para as ações evangelizadoras que já acontecem no Brasil?

O Intereclesial mostra a atualidade e a vitalidade das CEBs na vida da Igreja. Nas diversas regiões do Brasil, elas continuam a contribuir muito para que os cristãos sejam “sal da terra” e “luz do mundo”, evangelizando pelo testemunho de vida comunitária e pela presença nos diversos ambientes urbanos, especialmente entre os mais pobres. As dimensões comunitária e social da fé não se restringem às CEBs; fazem parte da natureza mesma da fé cristã e do anúncio do Evangelho. A fé não pode ficar restrita ao interior dos templos, nem privatizada no coração. A “Igreja em saída”, tão enfatizada pelo Papa Francisco, não está voltada para si mesma; quer contribuir para a superação das situações de exclusão e violência. A escuta do clamor dos pobres e sofredores, na liturgia e na ação pastoral, testemunhada pelas CEBs, interpela o conjunto das pastorais e movimentos, sendo dom e tarefa para todos.

Fonte: CNBB

 

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