A fé que se traduz em obras: Comunidade Boa Nova inaugura casa de acolhimento em Crato

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A partir deste sexta-feira (21) mulheres em situação de dependência química contarão com uma casa de acolhimento, no Bairro Pimenta, em Crato. A iniciativa, apoiada pelo bispo diocesano, Dom Gilberto Pastana, nasceu do desejo de uma comunidade carismática em anunciar a “Boa Nova”.

Presente em vinte dioceses do Nordeste e dez chácaras de acolhimento, a obra surgiu em Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco, no ano de 1989, quando um grupo de casais começou a se reunir para rezar e evangelizar. “Não sabíamos que isso ia resultar num carisma, mas entendemos que deveríamos ser uma realidade de anúncio, cura e libertação”, recorda Hamilton Apolino, fundador da comunidade. O nome, aliás, vem de Isaías 61: “O Espírito do Senhor repousa sobre mim, que me ungiu para anunciar a Boa Nova”.

Hoje, conta com 63 membros (na Comunidade de Vida). Na Diocese de Crato, os trabalhos começaram em Mauriti, há dez anos. A casa inaugurada na cidade de Crato é a única de acolhimento às mulheres. Serão treze meninas assistidas, com auxílio de três missionários. O ambiente funcionará mesmo como um lar – explica Apolino – com quartos, sala, cozinha, banheiros, lavanderia. Todo o material da reforma do novo espaço e os móveis da casa vieram por meio de doação.

“Aqui será também um lugar de reunião, evangelização, formação, oração, intercessão e, especialmente, de triagem, de acolhimento para os necessitados. Aqui será um lugar onde, durante todos os dias, alguém poderá vir e pedir ajuda. Oração, internamento e alguma coisa que nós possamos fazer”, disse.

Força para evangelizar

Administrador da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, Padre Aureliano Gondim, vê com esperança e alegria a instalação da comunidade no território: “É um trabalho que vem para somar, porque vai favorecer a espiritualidade, também a formação dos nossos leigos, neste sinal de comunhão e fraternidade e, sobretudo, por esse cunho social que a comunidade desempenha muito bem. A gente fica feliz e agradece a Deus”.

Dom Gilberto, durante a homilia da Santa Missa que deu início aos trabalhos, considerou que a casa “surge para acolher aqueles que vivem na sarjeta, que vivem à margem, vivem abandonados, às vezes até mesmo pela própria família”, e que o próprio Jesus reforça no Evangelho que “quer misericórdia, colocar-se no lugar do outro em todas as circunstâncias, em todas as situações”.

Beneficiados pela misericórdia

Livres do vício, os amigos Leonardo Cruz Félix e Francisco Silva participaram da Santa Missa com olhos atentos e coração agradecido. Durante muitos anos, eles assistidos pela Comunidade Boa Nova. “O sentimento que a gente tem hoje é de alegria, de paz, de entusiasmo e de dizer: ‘só por hoje, graças a Deus’”. Agora, engajados na Igreja, procurando meios de dizer “não”, eles planejam se integrar às pastorais sociais, como a Pastoral Carcerária e da Sobriedade.

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