Fiéis recordam 25 anos da Capela Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Milagres

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Os fiéis da Comunidade Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, localizada na Vila Fronteiro, na cidade de Milagres, estão em júbilo. É que até o mês de junho eles vivenciam o advento dos 25 anos de criação da Capela e, para isso, devem celebrar, em cada dia 27, uma missa. A deste mês aconteceu nessa quarta- feira, sendo foi presidida por dom Gilberto Pastana e concelebrada pelos padres Ronaldo do Nascimento Oliveira e Josias Gomes Araújo.

Antes da missa, a comunidade recordou o papa, os bispos e os padres ligados à história da capela. E fez isso organizando uma procissão. Os quadros com as imagens foram adentrando de um por um. Outro destaque foi à junção de três coroais, que incluiu jovens, senhoras e membros do ECC (Encontro de Casais com Cristo). Vendo-os participar vivamente, Dom Gilberto destacou – e elogiou – sobretudo a presença da juventude.

 

No momento do ofertório, mais um destaque: o bispo chamou à frente do altar quatro membros da comunidade, e pediu que apresentassem alguma experiência vivida na comunidade. O tempo de construção da capela, o ingressou nas atividades pastorais, a ajuda nos momentos de proclamação da Palavra até os gestos que impulsionaram à vivência dessa palavra foram depositados no Altar do Senhor. Ao fim da missa, convidou as crianças para, juntos, rezarem a oração “Senhora minha”.

A Capela Nossa do Perpétuo Socorro é a terceira da cidade de Milagres visitada por Dom Gilberto. As comemorações ao jubileu de Prata foram iniciadas em janeiro e seguem até junho, com celebração de missa sempre no dia 27, sob a presidência de um padre que teve passagem pela comunidade.

Capela como extensão da casa

A capela, como local para o encontro da fé, é também extensão da casa. Foi o que disse o bispo durante a homilia. “O prédio, o templo, está muito ligado a nossa vida. Quando Jesus entrava nas vilas, o primeiro lugar que Ele ia era na Sinagoga, porque, ali, está a nossa história religiosa, a nossa história de vida e de fé”, ressaltou.

Fazendo memória ao jubileu, também ressaltou: “Os mais novos, que já estão com 25 anos de idade, podem olhar para a capela e dizer: ‘Aqui eu fui introduzido na família de Deus, aqui eu recebi um nome na pia batismal, aqui eu fui batizado. Outros dirão: aqui eu celebrei minha primeira eucaristia, aqui eu celebrei a reconciliação – minha, dos meus pecados – com o Senhor. Quem sabe ,alguns podem dizer: aqui eu iniciei uma nova família, porque, aqui, eu recebi o sacramento do matrimônio’. Essa é a importância da capela para a vida da comunidade”.

E tal é essa importância, mas no sentido de organização, que Dom Gilberto pontuou: “Às vezes é mais importante ter um povo organizado, que se reúne até debaixo de uma árvore, do que ter uma capela e não ter povo”. Isso porque, de acordo com o pastor diocesano, a capela é uma soma de pessoas que se reúnem, principalmente, aos domingos. “Nossa vida cristã é, sobretudo, comunitária. Assim como a família de sangue, nós também temos a família de fé. Estamos vivendo em um mundo cada vez mais pagão, distante de Deus. Que bom ver vocês aqui”, afirmou.

Comunidade jubilar

A coordenadora da comunidade, Maria Adailza Gonçalo, disse que a programação foi pensada com muita ansiedade. Desde o primeiro tijolo – ela contou – só tem experimentado bênçãos e graças. À época, como era uma construção muito cara para o orçamento da comunidade, o Padre José Leite Sampaio, ou Padre Duza, como era conhecido, teve de solicitar verba do exterior. “Onde ele estiver, nós vamos estar rezando por ele. E eu me sinto muito realizada e cheia de esperança, porque, nesses anos de caminhada, nós plantamos muitas coisas boas, muitos grupos de jovens , de idosos, tem tudo e tudo é da Igreja. E a presença de nosso bispo aqui é um privilégio, uma evangelização maior”, considerou.

Daiana Rocha tem sua história ligada à edificação da capela. Nascida em fevereiro, ela também completa 25 anos. E disse sentir ainda mais orgulho, porque a sua avó participou da construção do pequeno templo dedicado a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. “Ela carregava lata d’água, ia para outras comunidades fazer quermesse, e hoje, completar os 25 anos junto com a capela, é um grande orgulho, um privilégio. A minha família é muito católica, inclusive a minha tia é freira, fruto dessa capela. Então é como se, na construção, eu também me construísse”.

 

Entrevista e fotos: Jornalista Patrícia Silva- MTE 3815/CE

Redação: Jornalista Patrícia Mirelly

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